
Quais as mais-valias das farmácias comunitárias? Qual o seu papel na prestação de cuidados de saúde primários? Jorge Aldinhas, farmacêutico e gestor do Departamento de Projetos & Serviços das Farmácias Holon, partilha aqui a sua posição sobre o tema.

“Cerca de 3.000 farmácias, distribuídas de norte a sul do País. Uma média de quatro farmacêuticos por farmácia. Espaços com portas abertas para receber os portugueses, seja nos centros urbanos, seja no local mais remoto e rural. Estes são dados que atestam a capilaridade e proximidade das farmácias comunitárias em Portugal.
Não raras vezes, estes espaços são o único local promotor de cuidados de saúde ao alcance dos doentes. Tal facto, aliado ao enorme know-how técnico-científico das equipas das farmácias, faz das farmácias espaços particularmente bem habilitados para acompanhar a saúde dos portugueses e intervir na qualidade de vida da comunidade.
Podemos, e devemos, olhar para as Farmácias, enquanto elementos-chave da rede de cuidados de saúde primários, com potencial para alcançar ganhos em saúde e promover a sustentabilidade do serviço nacional de saúde. Senão vejamos, as equipas das farmácias estão habilitadas para:
– Identificar sinais precoces de doença, permitindo atuar em estadios iniciais da patologia, evitando os custos associados à sua gestão em estadios mais avançados;
– Promover a correta adesão à terapêutica e reduzir a despesa associada à má ou à não utilização dos medicamentos;
– Educar a comunidade para a adoção de estilos de vida saudáveis, prevenindo o surgimento de doença.
Acreditamos existir um reconhecimento crescente do trabalho realizado pelas farmácias, existindo políticas recentes que dotam as farmácias de mais ferramentas para realizar um trabalho diferenciado. Exemplo disso são a participação das farmácias na vacinação contra a gripe e a Covid-19; a possibilidade de renovação da terapêutica crónica na farmácia e a inclusão, em orçamento de Estado, da possibilidade de virem a ser desenvolvidos, em conjunto com a ordem dos médicos, protocolos para situações clínicas ligeiras a serem tratadas na farmácia.
Importa lembrar que as valências atualmente disponibilizadas nas farmácias, reforçam o seu papel enquanto prestadores de saúde de excelência dos cuidados de saúde primários. Nomeadamente, as farmácias disponibilizam aos seus utentes serviços complementares – Consultas de Nutrição, Enfermagem ou Dermocosmética -, e serviços farmacêuticos – a Consulta Farmacêutica, a Preparação Individualizada da Medicação ou o Serviço de Cessação Tabágica, entre outros.
Por tudo isto, as Farmácias comunitárias oferecem hoje, à população, uma proposta de saúde global e completa. Valorize e desfrute daquela que considera ser a sua farmácia, e confie no seu Farmacêutico. As Farmácias caminharão, sempre, em qualquer contexto, em qualquer adversidade, ao lado das famílias portuguesas. Conte connosco!”