Scroll Top

Recebidas estes ano mais de 11.300 reações adversas a medicamentos

reações adversas

O Infarmed, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, recebeu este ano mais de 11.300 notificações de reações adversas a medicamentos, mais de metade (58%) das quais consideradas graves.

De acordo com os dados, quem mais notifica são os titulares da autorização de introdução no mercado, ou seja, a indústria farmacêutica, seguidos do médico, farmacêutico, enfermeiro, outros profissionais de saúde e, finalmente, o utente.

O número de notificações por ano tem vindo a subir – em 2018 tinham sido recebidas 10.673 -, revela o mesmo relatório, segundo o qual apenas entre julho e setembro foram recebidas 2.327 notificações, referentes a 2.130 casos (cada caso pode ter mais do que uma notificação, pois pode ser apresentado pelo profissional de saúde, pelo doente ou pela indústria).

Das 2.327 notificações, 862 foram feitas pelos profissionais de saúde e utentes e 1.465 pela indústria.

A importância de notificar reações adversas

Nos últimos 12 anos foram registadas quase 50.500 notificações de reações adversas a medicamentos, 34.254 graves (67%) e 16.243 não graves, revela o Infarmed, que está a promover, esta semana, a campanha europeia Med Safety Week 2019.

Pelo quarto ano consecutivo, esta iniciativa visa sensibilizar a população e os profissionais de saúde para a importância da notificação de suspeitas de reações adversas a medicamentos, através de vídeos e animações disponíveis online, aumentando a quantidade e qualidade das notificações feitas.

De acordo com o Infarmed, podem existir reações adversas raras ou de aparecimento tardio que não são detetadas durante a fase experimental do medicamento. Reações que podem ser identificadas através da notificação espontânea com a utilização mais alargada do medicamento.

“Se um utente suspeitar de uma reação adversa devido à utilização de um ou mais medicamentos, deve procurar aconselhamento junto de um médico, farmacêutico ou outro profissional de saúde, para tratamento da situação”, aconselha o a autoridade nacional.

“Habitualmente existem dúvidas se uma reação adversa é devida, ou não, a um medicamento. Mesmo que se trate apenas de uma suspeita, os profissionais de saúde e/ou utentes devem comunicar essa informação ao Infarmed.”

Posts relacionados