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Relatório pede à UE aposta no acesso à medicina personalizada contra o cancro

medicina personalizada

A medicina personalizada, através do acesso amplo e oportuno aos testes de biomarcadores, tem o potencial de transformar o tratamento do cancro. No entanto, em toda a União Europeia (UE), a adoção de tecnologias genómicas para testes de biomarcadores continua abaixo do ideal. É por isso que um grupo de trabalho, com os principais especialistas e partes interessadas da comunidade de oncologia da UE, foi chamado a criar um relatório com recomendações de políticas viáveis ​​para abordar as barreiras ao acesso à medicina personalizada. Os resultados são agora conhecidos.

O relatório, aprovado pela Coligação Europeia de Doentes com Cancro (ECPC), Lung Cancer Europe e EU40, apela à Comissão Europeia para liderar campanhas de consciencialização sobre testes de biomarcadores, desenvolver orientações em toda a UE sobre medicina personalizada e, ao mesmo tempo, construir a infraestrutura necessária, assim como facilitar o desenvolvimento de uma força de trabalho especializada e mobilizar recursos para promover a igualdade de acesso.

Antonella Cardone, diretora do ECPC e membro do grupo de trabalho, considera que “os testes de biomarcadores são o centro da medicina personalizada e podem apoiar a escolha do tratamento. O relatório que agora lançando atende diretamente às necessidades da comunidade de pacientes, que querem beneficiar mais dos medicamentos de precisão contra o cancro”.

“A implementação de testes de biomarcadores, o sequenciamento genómico e o tratamento personalizado do cancro têm o potencial de melhorar massivamente os resultados das pessoas com cancro em toda a UE”, reforça Reinhard Büttner, diretor do Instituto de Patologia do University Hospital Cologne e membro do grupo de trabalho.

“O Plano Europeu de Luta contra o Cancro tem uma série de ações-chave que abordam especificamente a medicina personalizada”, afirma Stefan Schreck, conselheiro para as Relações com as Partes Interessadas na DG SANTE, da Comissão Europeia. “Esta abordagem ambiciosa ajudará a avançar para uma abordagem mais personalizada, adaptada às características de cada doente e da doença.”

Já Matti Aapro, presidente da European Cancer Organization, considera que “a medicina personalizada é, em primeiro lugar, uma parceria real com o paciente. E depois, a possibilidade de usar ferramentas que definem tratamentos, não só medicamentos, mas também cirurgia e radiação oncológica”, explica.

No geral, os especialistas concordaram com a urgência de difundir o potencial da medicina personalizada para combater o cancro e gerar resultados positivos para as pessoas com a doença em toda a UE.

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