O Fórum das Sociedades Respiratórias Internacionais (FIRS) juntou-se a várias organizações globais para aumentar a sensibilização, partilhar conhecimento e discutir formas de reduzir o fardo da bronquiectasia para os doentes e as suas famílias em todo o mundo.
O tema do Dia Mundial da Bronquiectasia deste ano, assinalado no início do julho, centrou-se na investigação e na importância da participação em ensaios clínicos, na forma como a investigação pode ter impacto na inovação no diagnóstico e tratamento desta doença e na forma como os registos funcionam para auxiliar os esforços de investigação.
Mas o que é, afinal, a bronquiectasia? Trata-se de uma doença pulmonar que afeta cerca de um milhão de indivíduos em todo o mundo, um número provavelmente ainda maior devido à probabilidade de diagnóstico incorreto da patologia.
Nesta doença, as vias aéreas ficam dilatadas ou com cicatrizes, dificultando a eliminação adequada do muco, levando a infeções pulmonares recorrentes. Os sintomas incluem tosse frequente (muitas vezes com muco espesso e descolorido), produção de expetoração, falta de ar, infeções torácicas repetidas, aumento do cansaço, febre inexplicável, calafrios, suores e perda de peso e dor no peito.
A bronquiectasia, que pode ocorrer em qualquer idade e é diagnosticado por tomografia computadorizada de tórax, causa um fardo significativo para os doentes e as suas famílias e pode levar à perda acelerada da função pulmonar, resultando em incapacidade a longo prazo e morte prematura nos adultos.
Embora atualmente não haja cura, detetar e tratar precocemente a bronquiectasia pode melhorar a qualidade de vida e a saúde a longo prazo.
“À medida que a prevalência de bronquiectasia aumenta, é essencial que continuemos a avançar nos esforços de investigação para melhorar o diagnóstico e o tratamento desta doença pulmonar crónica”, refere Tim Aksamit, diretor médico de Bronquiectasia e especialista em pneumologia e cuidados intensivos.
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