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Tecnologia ajuda a encontrar soluções que podem evitar mortes por sépsis

Sépsis

A sépsis ceifa, todos os anos, a vida a cerca de 11 milhões de pessoas em todo o mundo. Esta inflamação sistémica e imprevisível pode progredir rapidamente, levando a uma queda rápida da pressão arterial, danos nos tecidos, falência de múltiplos órgãos e morte. As intervenções imediatas de profissionais médicos salvam vidas, mas alguns tratamentos podem também contribuir para a deterioração do estado do doente, pelo que a escolha da terapia ideal pode ser uma tarefa difícil. É para ajudar os médicos que surge agora numa nova ferramenta.

Evitar tratamentos que possam contribuir potencialmente para a morte de um doente é o objetivo da investigação levada a cabo por investigadores do MIT e de outras instituições, que desenvolveram um modelo de aprendizagem de máquina que pode ser usado para identificar tratamentos com menos risco do que outras opções.

O seu modelo pode também alertar os médicos quando um doente séptico se está estiver a aproximar de um beco sem saída médico – o ponto em que provavelmente irá morrer, não importando qual o tratamento usado – para que possam intervir antes que seja tarde demais.

Quando aplicado a um conjunto de dados de doentes com sépsis de uma unidade de cuidados intensivos de um hospital, o modelo indicou que cerca de 12% dos tratamentos dados aos doentes que morreram foram prejudiciais. E revelou também que cerca de 3% dos que não sobreviveram entraram num beco sem saída médico 48 horas antes da sua morte.

“Vemos que o nosso modelo está quase oito horas à frente do reconhecimento de um médico sobre a deterioração de um doente. Isso é importante porque nas situações realmente delicadas, cada minuto conta, e estar ciente de como o doente está a evoluir e do risco de administrar determinado tratamento a qualquer momento é muito importante”, refere Taylor Killian, estudante do Grupo Healthy ML do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial.

“Os médicos humanos são quem nós queremos para tomar decisões sobre os cuidados e a existência de conselhos sobre qual o tratamento evitar não vai mudar isso”, refere Marzyeh Ghassemi, autora sénior do estudo. Mas tudo pode ser mais fácil com a ajuda da tecnologia.

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