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Desarrumação, uma prática com impacto na saúde

desarrumação tem impacto na saúde

Arrumar é, para muitos, um verbo com pouco uso. Seja por falta de tempo ou vontade, há quem se renda à desarrumação, mantendo pilhas de papéis, caixotes de coisas que nunca são usadas, montanhas de autêntico lixo. E ainda que a arrumação possa ser, para tantos outros, uma mania, a ciência confirma que este é o caminho mais amigo do corpo e da mente.

De facto, a desordem tem mesmo a capacidade de afetar os nossos níveis de ansiedade, sono e até a capacidade de concentração. Tem ainda o poder de reduzir a produtividade.

Ainda que os montes de papéis acumulados em cima da secretária possam parecer inofensivos, a investigação feita sobre o tema revela que a desorganização e a desordem têm um efeito cumulativo nos nossos cérebros, adeptos da ordem. O que significa que lembretes visuais constantes de desorganização acabam por drenar os nossos recursos cognitivos, reduzindo a nossa capacidade de concentração.

Desarrumação e o impacto na saúde mental

Em 2011, investigadores da área das neurociências usaram testes de ressonância magnética funcional para descobrir que arrumar a casa e o ambiente de trabalho melhorava a capacidade de concentração e processamento de informações, assim como aumentava a produtividade.

Ao nível da saúde mental, a desordem pode aumentar o stress, ansiedade e depressão, como confirma um trabalho feito nos Estados Unidos, em 2009, por exemplo, que confirmou que os níveis de cortisol, a hormona do stress, eram mais elevados nas mães cujo ambiente doméstico era desordenado. O que pode depois ter tradução em mudanças físicas, aumentando o risco de diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.

Dormir em espaços desordenados tem ainda impacto no sono, o que inclui dificuldade em adormecer e perturbações noturnas. E na dieta. Um outro estudo revela que os ambientes desorganizados levam as pessoas a comer mais snacks, aumentando para o dobro o número de biscoitos consumidos, quando comparando com os que confecionavam e consumiam as refeições em cozinhas organizadas.

Dicas para manter as coisas arrumadas

Razões não faltam então para afastar a desarrumação. E a estas, Maria Kondo, a especialista japonesa em arrumações, que tem direito a um programa em nome próprio sobe o tema na Netflix, junta muitas outras.

Por isso, se é dos que se escusa com a falta de tempo para manter a desordem, que tal aproveitar as férias para arrumar a casa? 

Se é a roupa que precisa de organização, Marie Kondo aconselha a colocar todas as peças em cima da cama, o que permitirá que veja exatamente quantas roupas tem e ajudará a ver-se livre daquilo que já não desperta alegria.

Na hora de dobrar, faça-o em três partes, até transformar a peça num pequeno retângulo.

No caso das malas, use o método “bag-in-bag”, ou seja, coloque umas dentro das outras, o que irá libertar espaço nos armários. Certifique-se apenas de que as alças estão na posição vertical.

Para os livros, o método é diferente: olhar para eles e perguntar se gostaria de os ter consigo no futuro. Se a resposta for positiva, há que os organizar por tamanho ou cor e repostos na estante ou em cima de uma mesa de café.

É papelada que tem para arrumar? Reúna cada documento e coloque-os em cima de uma mesa, organizando-os por pendentes, importantes e diversos. Distribua-os por caixas tendo em conta estas categorias e coloque-as no mesmo lugar.

Se não tem paciência para nada disto e a desarrumação persiste, a solução pode passar por encontrar alguém que o faça por si. A Fixando, plataforma portuguesa para a contratação de serviços locais, disponibiliza especialistas na matéria, um serviço que ganha cada vez mais interesse por parte dos portugueses. A prová-lo estão os dados de 2019 que, face ao período homólogo de 2018, revelam um aumento de 540% nos pedidos de “Organização de Casa”.

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