O sorriso permite criar empatia nas relações interpessoais. Mas mais que isso, tem um papel fundamental na nossa saúde pois promove a libertação cerebral de endorfina, hormona que nos dá a sensação de bem-estar, que nos permite ficar mais relaxados, baixa a pressão arterial e o ritmo cardíaco. Quem o diz é Pedro Nicolau, médico dentista da Best Quality Dental Centers (BQDC) que, no âmbito do Dia Mundial do Sorriso, alerta para a importância do sorriso para um bem-estar pleno, explicando como o podemos conseguir.
O sorriso é um dos traços mais marcantes da expressão humana e da personalidade. “Alguns sorrisos transmitem confiança e determinação, outros receio e indecisão. Há sorrisos que transmitem uma cuidada higiene oral, outros não. Assim, sentir-se bem com o seu próprio sorriso não é apenas uma questão de estética é um fator determinante no bem-estar psíquico e social de qualquer ser humano e na perceção que os outros têm da sua higiene oral. É importante que nunca se iniba um sorriso nem se tenha vergonha do mesmo”, começa por explicar o médico dentista.
Um sorriso saudável não é um mito e está ao alcance de todos. Para Pedro Nicolau, “ter um sorriso bonito e sem doenças não implica investimentos avultados em tratamentos dentários ou de estética, mas sim hábitos de vida saudáveis, algumas medidas de prevenção de saúde oral e visitas, pelo menos anuais, ao médico dentista”.
Prevenir para não ter de remediar o sorriso
Relativamente às medidas de prevenção, o especialista alerta que “é importante prevenirmos toda a patologia oral que possa levar a alterações na integridade, forma, estrutura, posição e cor dos dentes. A prevenção das doenças periodontais, também assume um papel crucial na manutenção da saúde e estética oral a médio e longo prazo”.
E acrescenta: “quando olhamos para a nossa boca e vemos placa bacteriana ou tártaro nas superfícies dentárias, para além do aspeto desagradável, é sinal de maus hábitos de higiene oral. E embora a higiene oral seja uma prática que se deve aprender corretamente desde a infância, nunca é tarde para ser implementada adequadamente, de preferência com a ajuda de profissionais habilitados”.
Já sobre hábitos de vida, o médico esclarece que “deve-se procurar reduzir ou eliminar maus hábitos como o tabaco ou o excesso de bebidas que pigmentam e alteram a cor e superfície dos dentes, como o café, o chá ou o vinho tinto”.
No que diz respeito à alimentação, “devemos procurar ter hábitos alimentares adequados sem excessos de hidratos de carbono, sobretudo aqueles ricos em açúcares refinados, como são o caso da maioria cereais e sumos consumidos diariamente e que levam a alterações na estrutura do esmalte (camada externa do dente), tornando-o mais rugoso, suscetível à pigmentação, às cáries e ao desgaste ficando os dentes mais opacos e com menos brilho”.
Por último, o médico afirma que “nunca se deve descurar a ida às consultas de medicina dentária de uma forma regular, com consultas programadas e adaptadas às necessidades de cada paciente, apostando primeiro na prevenção e conservação antes da necessidade de tratamentos complexos”.
Por cá, acrescenta, “ainda não existe o hábito de ir regularmente ao médico dentista e, assim, cai-se na tentação de procrastinar, recorrendo já em instâncias muito avançadas do prejuízo estético e funcional da cavidade oral. Infelizmente muita patologia oral não é reversível e ficam sequelas para toda a vida que podiam ser perfeitamente evitadas”.