É oficial: Portugal está na fase epidémica da atividade gripal. A garantia é dada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que confirma a tendência crescente dos casos de gripe.
As contas feitas pela DGS apontam para que o pico da gripe seja atingido entre a última semana do ano e a primeira de 2020, ainda que esta atividade gripal não seja uniforme em todo o País, o que tem repercussões na procura de cuidados de saúde.
A nível nacional, entre 2 e 8 de dezembro foram registados cerca de 110 mil episódios de urgência, com apenas cerca de 2% dos casos a serem atribuídos ao síndrome gripal.
Nos cuidados de saúde primários, o número e a proporção de consultas por síndrome gripal também mostram uma tendência crescente em todo o País, com uma atividade mais precoce e intensa nas regiões Norte e Centro.
A melhor forma de prevenir a gripe
As autoridades de saúde revelam ainda que foi detetada a circulação de vírus da gripe dos tipos A e B, com predomínio do B, ambos incluídos na vacina contra a gripe. Foram ainda identificados outros vírus respiratórios.
Na já referida semana (entre 2 e 8 de dezembro) foram atendidas pelo Centro de Contacto SNS 24 cerca de 29 mil chamadas (tendência crescente) para avaliação de sintomas, das quais cerca de 3,3% foram por síndrome gripal.
Porque a prevenção continua a ser o melhor remédio, a DGS aconselha a vacinação contra a gripe. “A vacina deve ser administrada, preferencialmente, até ao final do ano e é a principal medida de prevenção contra a gripe. Tem como objetivo proteger as pessoas mais vulneráveis, prevenindo a doença e as suas complicações.”
Aconselha a que se sigam as recomendações do médico assistente, garantindo a toma adequada da medicação e o controlo de doenças crónicas e que não se “corra para as urgências. Ligue para o Centro de Contacto SNS 24 (808 24 24 24) ou para o INEM, em caso de doença grave. O SNS 24 aconselha, orienta e acompanha”.
Não devem ser tomados antibióticos sem indicação médica e, para quem já tem sintomas, é importante manter a hidratação, ingerindo água, tisanas, sopas e bebidas quentes e evitando o consumo de álcool.
Há ainda que evitar a exposição prolongada ao frio e mudanças bruscas de temperatura, mantendo o corpo quente, utilizando várias camadas de roupa e protegendo as extremidades (luvas, gorro, cachecol, meias e calçado quente), especialmente quando no exterior.
Manter a casa e o local de trabalho aquecidos, garantindo uma adequada ventilação e verificar o estado de funcionamento dos equipamentos de aquecimento (elétricos, a gás e de combustão) é também importante, uma vez que o uso incorreto dos equipamentos de combustão, como braseiras, salamandras e lareiras, pode causar intoxicação por acumulação de monóxido de carbono e levar à morte.
Há que manter regras de higiene e de etiqueta respiratória (lavar as mãos, espirrar e tossir para o cotovelo, assoar-se e deitar fora o lenço de papel, manter a distância de outras pessoas em caso de doença respiratória), prestar atenção às condições do piso para evitar quedas e adotar uma condução defensiva, devido a condições climáticas adversas.