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Estar sentado à espera do fim da pandemia acarreta outros riscos para a saúde

o que estar sentado faz à saúde

O isolamento prolongado associado à pandemia de COVID-19, o distanciamento físico e o encerramento do local de trabalho estão a gerar preocupação entre os especialistas. É que estar literalmente sentado à espera que o pior passe pode afetar, e muito, a nossa saúde.

Quem o diz é Stuart Phillips, professor do Departamento de Cinesiologia e diretor do Centro de Excelência em Atividade Física da McMaster University, no Canadá, que confirma: “para nos protegermos contra os riscos da COVID-19, passamos mais tempo sentados e menos tempo a caminhar ou fisicamente ativos”. 

E, continua, “períodos prolongados de inatividade têm um efeito realmente prejudicial para a nossa saúde”. O que significa que a saúde física nunca foi tão importante como agora.

Recentemente, Phillips liderou uma equipa de investigadores que acompanhou adultos com peso a mais e risco de desenvolver diabetes tipo 2, para avaliar a forma como a inatividade durante duas semanas ou menos afetava adversamente a saúde.

Aos participantes deste estudo, realizado em 2018, foi pedido que limitassem os seus passos a 1.000 por dia, para imitar os níveis de atividade de um paciente no hospital, por exemplo, ou de alguém em casa devido a uma doença como a gripe.

E os resultados revelaram que apenas duas semanas de inatividade fizeram com que os participantes perdessem parte da sua capacidade de controlar o açúcar, acelerando o aparecimento da diabetes. Alguns não recuperaram totalmente, mesmo quando regressaram à atividade normal. 

“O modelo experimental de etapas reduzidas demonstra o que uma pessoa idosa que contraiu a gripe pode sentir se for hospitalizada por três ou quatro dias com problemas respiratórios e depois tenha de convalescer em casa por duas semanas”, explica Phillips.

“A grande maioria das pessoas está em casa durante a pandemia. Para os idosos, um declínio na saúde pode ser agravado pela falta de atividade física e pelo isolamento social”, reforça.

Deixe de estar sentado e mexa-se!

Ainda que o distanciamento social e todas as medidas recomendadas durante a pandemia sejam muito importantes, o investigador salienta que as pessoas devem estar atentas para não ficarem sentadas durante muito tempo e tentar realizar nem que seja um pouco de atividade física.

“Períodos prolongados sentados devem ser quebrados com atividades como uma pequena caminhada ou subir e descer um lance de escadas”, aconselha.

“Uma curta caminhada diária tem propriedades surpreendentes, não apenas do ponto de vista físico, mas também psicológico. Não precisamos de correr uma maratona.”

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