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Tem o diagnóstico de fibrilhação auricular? Saiba o que fazer

fibrilhação auricular

Pode começar com um batimento cardíaco acelerado, uma sensação de vibração no peito ou uma maior consciência do seu próprio batimento cardíaco. Outras vezes, não há qualquer sintoma. É assim a fibrilhação auricular, um problema que deve ser levado muito a sério.

“Embora a fibrilhação auricular em si não seja fatal, pode levar à formação de um coágulo sanguíneo no coração”, explica Christopher Rogers, eletrofisiologista cardíaco do Penn State Health Medical Group, nos EUA. “Se um coágulo de sangue sai do coração e vai para o cérebro, pode causar um AVC.”

Embora todas as pessoas, independentemente da idade, possam sofrer de fibrilhação auricular, esta é mais comum em adultos mais velhos, com 70% de todos os casos diagnosticados em pessoas com idades entre os 65 e os 85 anos.

Na presença de sintomas, deve ser consultado um médico, que pode realizar um eletrocardiograma (ECG), um teste que mede o ritmo cardíaco. Se o ECG não apresentar resultados claros, pode ser recomendado o uso de um monitor cardíaco, um pequeno dispositivo que irá fazer o rastreio da frequência cardíaca por 24 a 48 horas.

“A fibrilhação auricular tem características distintas”, explica o médico. “É um ritmo muito irregular que é rápido e inconsistente.”

A fibrilhação auricular também se trata com medicação

Depois de confirmado o diagnóstico, segue-se o tratamento que, para a maioria das pessoas, incluirá dois tipos de medicamentos.

A começar pelos que ajudam a diluir o sangue, prevenindo a formação de coágulos sanguíneos e a viagem para o cérebro. Se a pessoa for relativamente saudável, pode precisar apenas de anticoagulantes a curto prazo. Mas os adultos mais velhos e pessoas com pressão alta, diabetes ou histórico de AVC, mini-AVC, doenças cardíacas ou vasculares podem precisar de anticoagulantes a longo prazo.

Embora estes medicamentos reduzam o risco de AVC, “eles não vão manter a pessoa livre de fibrilhação auricular”, avança o especialista. É por isso que o médico irá provavelmente também prescrever medicamentos que controlam o ritmo cardíaco.

Outras formas de controlar a doença

Se para algumas pessoas, basta a medicação para gerir a fibrilhação auricular, para outras pode ser necessário recorrer a procedimentos eletrofisiológicos não cirúrgicos e minimamente invasivos, como a cardioversão, que usa a corrente elétrica fornecida através de pás, no peito e às vezes nas costas, para “dar choques” ao coração e fazer com que regresse a um ritmo normal. 

Ou ainda a ablação, inicialmente vista como último recurso, mas agora frequentemente recomendada mais cedo para pessoas com fibrilhação auricular, graças aos avanços na tecnologia e na técnica. Um procedimento em que um eletrofisiologista insere um cateter na virilha e o conduz até a aurícula esquerda, a câmara do coração onde normalmente se origina a fibrilhação auricular.

É importante não esquecer que a fibrilhação auricular “é uma doença progressiva e, à medida que avança, é mais difícil de tratar. É, por isso, recomendado que as pessoas sejam diagnosticadas e tratadas o mais cedo possível”.

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