
Um estudo realizado com quase 108.000 pessoas verificou que mesmo um consumo moderado de bebidas alcoólicas aumenta o risco de fibrilhação auricular, a mais frequente forma de arritmia. O estudo, publicado no European Heart Journal, confirma que basta uma bebida alcoólica por dia para que o risco de fibrilhação auricular aumente 16%.

Quatorze bebidas por semana, ou seja, um consumo excessivo de álcool, está associado a um maior risco de problemas de saúde, incluindo AVC e embolia, nas pessoas com fibrilhação auricular, revela um estudo publicado no EP Europace, um jornal da Sociedade Europeia de Cardiologia.

“O treino regular de resistência e uma boa forma física parecem proteger contra eventos graves cardiovasculares e mortalidade precoce nas pessoas diagnosticadas com fibrilhação auricular.” Quem o diz é o fisiologista do exercício Lars Elnan Garnvik, na sequência de um estudo, em que salienta os benefícios da atividade física nestes doentes.

Tem a forma de um colar, o aspeto de um colar e usa-se como tal, mas está longe de ser apenas um adereço ou existr para satisfazer a vaidade de quem o uso: este novo colar é capaz de detetar fibrilhação auricular e será exibido pela primeira vez no EHRA Essentials 4 You, uma plataforma científica da Sociedade Europeia de Cardiologia.

Os doentes com fibrilhação auricular, a arritmia cardíaca mais frequente, estão mais próximos de terem acesso a medicamentos personalizados. A garantia é dada por um estudo que mostra que é possível monitorizar e prever a progressão individual da fibrilhação auricular a partir de sinais elétricos cardíacos obtidos com base nos dispositivos implantáveis (pacemakers ou desfibrilhadores).

Centros comerciais, aeroportos, estações ferroviárias, de metro e de camionagem, recintos desportivos e de lazer. São cada vez mais os espaços que, em Portugal, dispõem de desfibrilhadores automáticos externos. Contas feitas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), existem atualmente no Continente 1.736 espaços públicos com estes dispositivos e mais de 19 mil pessoas formadas em Suporte Básico de Vida e e capazes de utilizar estes equipamentos.
De resto, ainda de acordo com a mesma fonte, 2018 foi o ano em que se licenciaram mais Programas de Desfibrilhação Automática Externa para utilização de desfibrilhadores, 403 no total, desde a criação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa, em 2009.
“O número de espaços públicos tem vindo a aumentar de forma progressiva ao longo dos últimos anos, denotando a aplicação da legislação em vigor, designadamente do Decreto-Lei 184 de 2012, que veio tornar obrigatória a instalação de equipamentos de Desfibrilhação Automática Externa em determinados locais de acesso público, nomeadamente nos estabelecimentos comerciais de dimensão relevante”, lê-se no comunicado do INEM.
Uso de desfibrilhadores pode salvar vidas
De acordo com a lei, é obrigatória a existência destes equipamentos em estabelecimentos de comércio a retalho, isoladamente considerados ou inseridos em conjuntos comerciais, que tenham uma área de venda igual ou superior a 2000 m2, conjuntos comerciais que tenham uma área bruta locável igual ou superior a 8000 m2;, aeroportos e portos comerciais, estações ferroviárias, de metro e de camionagem, com fluxo médio diário superior a 10 000 passageiros e recintos desportivos, de lazer e de recreio, com lotação superior a 5000 pessoas.
Recorde-se que a morte súbita cardíaca é causada por uma arritmia cardíaca chamada fibrilhação ventricular, que impede o coração de bombear o sangue.
O único tratamento eficaz para a fibrilhação é a desfibrilhação elétrica, que consiste na administração de choques elétricos ao coração parado, possibilitando que o ritmo cardíaco volte ao normal.
Nestes casos, a probabilidade de sobrevivência é tanto maior quanto menor for o tempo decorrido entre a fibrilhação e a desfibrilhação.
A experiência internacional demonstra que em ambiente fora do hospital, a utilização de desfibrilhadores por pessoal não médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas.
“Ser reanimado é um direito e saber reanimar é um dever cívico”, reforça o INEM.