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Estudo mostra que cozinhar comida saudável melhora a saúde mental

cozinhar

Um estudo realizado pela Edith Cowan University, na Austrália, descobriu que ter confiança a cozinhar não é bom apenas para o paladar (e para o resultado culinário), mas melhora ainda a saúde mental.

Na sequência de um projeto que ofereceu cursos de culinárias saudável de sete semanas, foi medido o efeito do programa na confiança culinária dos participantes e na autoperceção da saúde mental, bem como na satisfação geral em relação aos comportamentos relacionados com a culinária e a dieta. Resultado: os participantes obtiveram melhorias significativas na saúde geral, saúde mental e vitalidade.

Melhorias na confiança culinária, na capacidade de mudar facilmente de hábitos alimentares e superar as barreiras associadas ao estilo de vida para uma alimentação saudável foram também relatadas.

Joanna Rees, investigadora principal, refere o estudo mostrou a importância da dieta para a saúde mental. “Melhorar a qualidade da dieta pode ser uma estratégia preventiva para deter ou retardar o aumento de problemas de saúde mental, obesidade e outros distúrbios metabólicos”, afirma.

“Os programas de saúde devem continuar a dar prioridade às barreiras a uma alimentação saudável, como são os ambientes alimentares pobres e as restrições de tempo, mas ao mesmo tempo devem enfatizar o valor da alimentação saudável através de refeições caseiras rápidas e fáceis, ricas em frutas e vegetais e evitando alimentos ultraprocessados”, acrescenta.

Já tinha sido encontrada uma associação entre comer mais frutas e vegetais e melhorar a saúde mental a longo prazo. Mas o que este estudo mostra é que, aqui, a saúde mental dos participantes melhorou, apesar da sua dieta não ter mudado após a conclusão do programa.

“Isso sugere uma ligação entre a confiança e a satisfação em cozinhar e os benefícios para a saúde mental”, refere Rees.

E quem beneficia mais? De acordo com o estudo, cozinhar continua a ser uma tarefa altamente baseada no género. No início do programa, 77% dos participantes femininos afirmaram ter confiança em cozinhar, em comparação com apenas 23% dos que pertenciam ao grupo dos homens.

Mas no final do programa, a confiança e as habilidades culinárias eram iguais. “Esta mudança na confiança pode mudar o ambiente alimentar doméstico, reduzindo o viés de género e levando a um equilíbrio na confeção de comida caseira.”

“Isso, por sua vez, pode ajudar a superar algumas das barreiras associadas ao não saber cozinhar, como aliviar as restrições de tempo que podem levar a refeições prontas com alto valor energético, mas baixo valor nutricional.”

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