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Alimentação da mãe influencia hábitos dos filhos

refeições

A alimentação e a educação da mãe influenciam a qualidade alimentar dos filhos, revela um estudo desenvolvido por uma investigadora da Unidade de Investigação em Epidemiologia do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto.

A esta conclusão junta outra: que variar, desde cedo, a alimentação na infância, fazer mais refeições diárias e ingerir mais macronutrientes nas refeições principais contribui para comportamentos alimentares mais saudáveis logo aos sete anos.

Sofia Varela, autora do trabalho, decidiu avaliar os hábitos alimentares de um grupo de crianças ao longo da infância. De olhos postos na qualidade da alimentação, variedade alimentar e número de refeições feitas, quis perceber se os hábitos se mantém e de que forma “se relacionam com determinados comportamentos alimentares e com o desenvolvimento de excesso de peso e de obesidade nas crianças”.

Hábitos mais saudáveis aumentam interesse pela refeição

A avaliação dos resultados permitiu concluir que há uma estabilidade no tipo de alimentação feito pelas crianças praticam entre os quatro e os sete anos. Ou seja, quem tem uma melhor alimentação aos quatro anos tende a mantê-la aos sete , sendo a educação da mãe fundamental neste processo.

“É importante haver intervenções desde cedo para educar as crianças a comerem de forma saudável”, explica a investigadora. “Estas intervenções deveriam também estar focadas nos pais, sobretudo nas mães, uma vez que estas têm um papel muito importante na alimentação dos filhos.”

Mais ainda, hábitos alimentares mais saudáveis traduzem-se em comportamentos associados ao apetite também mais saudáveis, como ter um maior interesse nas refeições e ser menos seletivo quanto ao que se come.

E um número de refeições inferior a seis por dia estava associado a uma maior probabilidade de desenvolver excesso de peso ou obesidade. O que pode significar que mais refeições, mas sem aumento do tamanho das porções, será mais benéfico para a manutenção de um peso saudável na infância.

O estudo confirma ainda a importância de distribuir a ingestão de energia e macronutrientes, como proteína, hidratos de carbono e gordura, ao longo do dia, sobretudo no pequeno-almoço, almoço e jantar. Esta é uma forma de prevenir o excesso de peso e a obesidade nas crianças. 

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