Há reuniões difíceis. Reuniões que demoram horas, que obrigam a um jejum forçado, que consomem energias e que geram stress. Também as há na Organização Mundial da Saúde (OMS) que, para melhorar a saúde de quem tem de estar presente nestes encontros, criou um guia para planeamento de reuniões saudáveis e sustentáveis.
Planning healthy and sustainable meetings – A how-to guide for healthy and sustainable meetings at the WHO Regional Office for Europe foi divulgado pela Direção-Geral da Saúde, que garante já o ter colocado em prática num encontro organizado recentemente.
Mas afinal, como é que se podem tornar as reuniões saudáveis e sustentáveis?
Tudo começa com a alimentação. Apesar de, revela o documento, “nem todas as reuniões requererem comida”, é preciso avaliar o período de tempo, a hora do dia e número de pessoas presentes antes de decidir sobre os ‘comes e bebes’.
O que deve estar à mesa das reuniões saudáveis
Caso se opte por manter cheia a barriga dos participantes, importa não perder de vista a saúde. E tem tudo a ver com as escolhas que se fazem, que devem inclui frutas e legumes frescos. Aliás, estes “devem ser a base de qualquer lanche fornecido”.
A fruta deve também ser o principal componente das entradas, acompanhamentos e sobremesas, devendo preferir-se a que está dentro da temporada e evitando frutas enlatadas, frutas secas e sumos de fruta concentrados, que costumam ser mais ricos em açúcar e pobres em fibra.
Há que preferir alimentos com gorduras insaturadas, tais como azeite, óleo de girassol, peixe, abacate e
nozes. E evitar comida processada e frita, que deve ser substituída por alimentos cozidos a vapor, grelhados ou assados.
Os alimentos refinados devem ser substituídos por integrais, devendo a carne ser, preferencialmente, magra, como a
Na hora das sobremesas, a fruta volta à carga, como a melhor opção, devendo-se oferecer também smoothies de frutas ou milkshakes com baixo teor de gordura, limitando a disponibilidade de alimentos e bebidas ricos em açúcar.
Atenção também ao sal, ao tamanho das porções e às bebidas alcoólicas. Quanto à água, deve estar disponível sempre durante a reunião.
Uma pausa para o exercício
Então e o exercício físico? Sim, a OMS considera que as reuniões, que costumam significar horas sentados, devem mudar. Para isso, pede que se ofereça aos participantes a oportunidade de serem fisicamente ativos, incorporando o exercício na agenda da reunião.
Como? Dando tempo suficiente, durante a pausa para o almoço, para que as pessoas possam praticar exercício, permitindo, por exemplo, que façam uma caminhada revigorante, oferecendo-lhes a opção de se levantarem e moverem à volta da sala durante alguns minutos ou pedindo para que troquem de cadeira com outra pessoa.
Se a reunião durar até quatro horas, devem incluir-se intervalos de três a cinco minutos ao fim de cada hora, ou
intervalos de cinco a 10 minutos ao fim de cada duas horas, para que se mexam.
Se a reunião durar mais de quatro horas, deve incluir-se uma pausa de 30 minutos a meio do encontro, promovendo atividades que incentivem ao movimento.
Podem ainda sugerir alguns exercícios, como marchar no local e levantar os braços entre 30 a 60 segundos, explicando como este exercício melhora a circulação sanguínea, a atenção e a concentração.