A telemedicina assumiu um papel importante na prestação de cuidados médicos à população em tempos de pandemia. A flexibilidade e facilidade de acesso a vários atos médicos, sem ser necessário a deslocação a uma unidade de saúde, levam a que cada vez mais pessoas recorram a este serviço. Por cá, segundo o Barómetro Europeu do Observador Cetelem, 18% dos portugueses inquiridos, e 21% dos europeus, já experimentaram este serviço e vão continuar a fazê-lo.
Entre os portugueses que ainda não recorreram à telemedicina, são cerca de 50% os que admitem querer utilizá-lo no futuro, mais 13 pontos percentuais face à média europeia (37%).
Apesar de os cidadãos terem recorrido mais à telemedicina, ainda estão céticos em relação a este serviço, sendo que apenas 43% dos portugueses estão satisfeitos com a qualidade da telemedicina no país, um valor próximo da média dos 15 países europeus (45%) onde se realizou o inquérito.
Quando questionados sobre as mais-valias da telemedicina, 62% dos portugueses (58% dos europeus) consideram que o seu desenvolvimento é bom para os profissionais de saúde e para os pacientes (50% respetivamente).
Mais de metade (56%) dos europeus também consideram que os governos têm feito um bom trabalho no apoio e desenvolvimento da telemedicina, estando Portugal no quarto lugar dos países que mais concordam com esta afirmação (65%).
Apesar de a maioria dos portugueses, e dos europeus, associarem termos negativos à vida sem contacto impulsionada pela Covid-19, a área da saúde e segurança é a única onde os inquiridos veem mais benefícios na utilização de soluções tecnológicas (44%), sendo os portugueses os mais otimistas quanto aos benefícios nesta área (63%).
Entre os 15 países europeus onde foi realizado o inquérito, Polónia (30%), Reino Unido (28%) e Suécia (27%) são os três onde mais inquiridos confirmaram já terem utilizado a telemedicina. Bulgária (7%), Bélgica (8%) e Eslováquia (9%) estão entre os países com menos adesões.
Para os suecos (64%), a telemedicina está mais do que aprovada, e a maioria dos britânicos (55%), franceses (53%) e alemães (51%) também demonstra estar bastante satisfeita. Países como a Roménia (28%), Hungria (28%) e Bulgária (17%) são os mais críticos.