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A dieta mediterrânica pode diminuir o risco de progressão do cancro da próstata, confirma estudo

cancro da próstata

Parece existir uma relação entre cancro da próstata e dieta mediterrânica, com a segunda a influenciar o primeiro. É pelo menos isso que relata um estudo realizado por investigadores m um estudo realizado por investigadores do MD Anderson Cancer Center da Universidade do Texas, nos EUA.

“Os homens com cancro da próstata são motivados a encontrar uma forma de impactar o avanço de sua doença e melhorar a sua qualidade de vida”, refere Justin Gregg, professor assistente de Urologia e principal autor do estudo, publicado na revista Cancer.

“Uma dieta mediterrânica não é invasiva, é boa para a saúde geral e, tal como mostra este estudo, tem o potencial de afetar a progressão do cancro.”

Depois de ajustar os fatores conhecidos por aumentar o risco de agravamento do cancro com o tempo, como a idade, antígeno específico da próstata (PSA) e volume do tumor, os homens com uma dieta que continha mais frutas, vegetais, legumes, cereais e peixes tiveram um risco reduzido do seu cancro da próstata crescer. 

O estudo, com um maior número de participantes brancos, também descobriu que o efeito de uma dieta mediterrânica foi mais pronunciado em participantes afro-americanos e nos que se identificaram como não brancos. Descobertas significativas, uma vez que a taxa de diagnóstico de cancro próstata é mais de 50% superior nos homens afro-americanos, que também apresentam maior risco de morte.

“A dieta mediterrânica tem sido consistentemente associada a um menor risco de cancro, doenças cardiovasculares e mortalidade. Este estudo, realizado em homens com cancro da próstata em estadio inicial, dá mais um passo para que se possam fazer recomendações dietéticas baseadas em evidências, no sentido de otimizar os resultados em doentes com cancro que, juntamente com as suas famílias, têm muitas dúvidas nesta área”, refere Carrie Daniel-MacDougall, professora associada de Epidemiologia e autora sénior do estudo.

Menor risco de progressão do cancro da próstata

O estudo acompanhou 410 homens com cancro da próstata localizado, avaliados a cada seis meses através de exame clínico e de estudos laboratoriais de antígeno sérico PSA e testosterona.

Os participantes foram então divididos em três grupos de alta, média e baixa adesão à dieta alimentar. E, após ajustes para idade e características clínicas, observou-se uma associação significativa entre a alta adesão inicial à dieta e o menor risco de progressão do grau do cancro.

Para cada aumento de um ponto na pontuação da dieta mediterrânica, os investigadores observaram um risco de progressão 10% menor.

“As nossas descobertas sugerem que seguir uma dieta rica em alimentos vegetais, peixes e um equilíbrio saudável de gorduras monoinsaturadas pode ser benéfico para homens com diagnóstico de cancro da próstata em estadio inicial”, afirma Gregg.

“Temos esperança de que estes resultados, juntamente com pesquisas adicionais e validação futura, irão encorajar os doentes a adaptarem-se a um estilo de vida saudável.”

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