Scroll Top

Seis conselhos para prevenção do cancro colorretal

cancro colorretal

Não há ‘e se’, talvez ou hesitações: março é o Mês de Sensibilização para o Cancro Colorretal e a melhor altura para pensar em fazer o rastreio para aquele que é um dos tumores que mais mata, mas dos mais evitáveis.

O cancro colorretal é uma das principais causas de morte por cancro em Portugal, estimando-se, em 2020, mais de 10.500 novos casos. 

“Quando as pessoas estão saudáveis, não pensam em prevenir doenças”, afirma Vi K. Chiu, diretor de Oncologia Gastrointestinal e Programas de Precisão Molecular no Cedars-Sinai The Angeles Clinic and Research Institute, nos EUA. “Mas temos as ferramentas para prevenir esta doença.”

São seis os conselhos que deixa para o fazer:

1. Fazer exames para detetar o cancro colorretal

O rastreio pode ajudar os médicos a detetar e remover crescimentos anormais, os chamados pólipos, antes que estes se tornem cancro. Quando detetado precocemente, o cancro colorretal é altamente tratável, afirma o especialista.

A colonoscopia é “o padrão ouro para detetar crescimentos pré-cancerígenos”, refere. Durante este procedimento, o médico examina o interior do cólon e do reto com um tubo longo e flexível que possui uma pequena e leve câmara de vídeo na ponta. É inserido através do ânus e no reto e cólon. Os pólipos suspeitos podem ser removidos.

2. Concentrar-se na dieta

Vários estudos mostraram que dietas ricas em frutas, vegetais e grãos integrais estão associadas a um menor risco de cancro do cólon ou reto. O médico aconselha o consumo de apenas pequenas quantidades de carne bovina, suína e ovina e uma menor ingestão de carnes processadas, aumentando no prato os grãos integrais, como aveia, arroz integral e pão integral.

Deve manter-se, também, o controlo sobre os níveis de vitamina D, uma vez que um grande estudo internacional que acompanhou os indivíduos ao longo do tempo descobriu que baixos níveis de vitamina D estavam associados a um risco maior de vir a sofrer deste tipo de cancro.

3. Praticar exercício

Ser ativo pode reduzir o risco de cancro colorretal, reforça o especialista, porque pode reduzir a inflamação no corpo. Pessoas com doenças inflamatórias intestinais, como colite ulcerosa e doença de Crohn, correm um risco muito maior de cancro do que a população em geral. “O exercício pode diminuir a inflamação intestinal e melhorar a vigilância imunológica para prevenir o cancro.”

4. Ter atenção ao peso

Estar acima do peso ou obeso aumenta o risco de cancro do cólon ou reto porque pode alterar a função de hormonas, como a insulina e leptina. As pessoas obesas têm níveis mais altos de insulina, que regula o açúcar no sangue e pode causar crescimento irregular de células no cólon.

Para manter um peso saudável, “não se concentre em alimentos específicos, mas, em geral, coma muito peixe, vegetais e outros alimentos saudáveis. Basicamente, diminua a ingestão de açúcar, gorduras e alimentos salgados”.

5. Limitar a ingestão de álcool

“O álcool pode causar danos intestinais. É uma toxina cujo subproduto pode danificar o ADN”, diz Chiu. “Os intestinos podem desenvolver inflamação e a imunidade do intestino é enfraquecida, o que pode levar ao desenvolvimento de cancro colorretal.” Limite o consumo de álcool a não mais do que uma bebida por dia.

6. Não fumar

Fumar aumenta o risco de cancro colorretal, porque causa danos ao ADN e inflamação nos intestinos e nos pulmões. Isso pode causar hipoxia, uma condição em que há insuficiência de oxigénio no nível do tecido, que além de mutações pode fazer com que células aberrantes se desenvolvam no corpo e se transformem em cancro.

Posts relacionados