As grávidas que testaram positivo para a COVID-19, bem como os seus bebés, têm um baixo risco de desenvolver sintomas graves, revelou um novo estudo da Southwestern Medical Center da Universidade do Texas.
Para analisar o impacto da infeção durante a gravidez, nomeadamente no que respeita à saúde da mulher e da placenta, assim como as infeções neonatais, os investigadores acompanharam 3.374 grávidas de diferentes etnias, das quais 252 testaram positivo para a COVID-19. Destas mulheres, 239 – ou seja, 95% – eram assintomáticas ou apresentaram sintomas ligeiros.
“Descobrimos que, aproximadamente, 5% de todas as mulheres que deram à luz com infeção por COVID-19 desenvolvem uma doença grave ou crítica”, explica Emily Adhikari, obstetra, ginecologista e uma das autoras do estudo.
“A maioria das mulheres com infeção assintomática ou leve ficará aliviada em saber que, provavelmente, os seus bebés não serão afetados pelo vírus”.
Assim, quando os investigadores compararam os resultados das grávidas com e sem COVID-19, verificou-se que o vírus não aumentou o risco de resultados adversos, como o parto prematuro, a pré-eclâmpsia ou a cesariana de urgência.
No entanto, o nascimento prematuro registou um aumento entre as grávidas que desenvolveram doenças graves ou críticas como consequência do vírus, como é o caso de pneumonia, antes de atingirem as 37 semanas de gravidez.
Mas esta não foi a única conclusão do estudo publicado na JAMA Network Open. Quando examinadas as placentas – o órgão que funciona como fonte de oxigénio e nutrição para os fetos -, os patologistas descobriram que a maioria não foi afetada pelo vírus. Aliás, o vírus só foi transmitido ao feto em apenas 3% dos casos.
“É difícil prever quem ficará gravemente doente. Por isso, as estratégias de prevenção, como a lavagem das mãos, a utilização de máscara e o cumprimento do distanciamento social, são extremamente importantes”, alerta Adhikari.