A lavagem frequente das mãos, mais do que um conselho, é uma regra, sobretudo em tempos de pandemia. Mas ainda que tenha de ser assim, tendo em conta que a lavagem das mãos se transformou numa arma simples e disponível de combate ao COVID-19, o aumento da frequência das lavagens pode causar danos na pele. O que fazer para evitar as mãos secas é o que esclarece uma especialista.
Sara Hogan, dermatologista do Centro Médico da Universidade da Califórnia (UCLA), nos EUA, partilha algumas das melhores práticas sobre como tratar os sinais do excesso de lavagem, como dor, vermelhidão, descamação e comichão.
Primeiro, há que perceber que a camada mais externa da nossa pele é composta por óleos, e atua como um escudo externo e como um guarda que mantém a humidade natural da pele.
Barreira essa que é quebrada pela espuma criada pelo sabonete durante a lavagem das mãos, que não discrimina entre os óleos indesejados, os germes, os detritos e os óleos naturais da pele.
Não aplicar um creme para as mãos após a lavagem pode ressequir a pele, provocar vermelhidão, comichão, descamação, desconforto e, em alguns graves, rachas.
Quem tem, por exemplo, doenças dermatológicas preexistentes, como o eczema, pode sentir um agravamento dos sintomas.
O que fazer para evitar as mãos secas
O que fazer então para o evitar? Aplicar um sabonete neutro e sem perfume, evitando a água quente. Depois de bem lavadas, as mãos devem secar-se, gesto após o qual se segue a aplicação de um hidratante.
À noite, antes de ir para a cama, deve voltar a aplicar-se um hidratante espesso.