Uma análise recente publicada na Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica não encontrou qualquer associação entre o consumo de cafeína das mulheres e a taxa de gravidez após a realização de tratamentos de fertilidade. No entanto, a ingestão de álcool pelas mulheres foi associado à diminuição da taxa de gravidez após os tratamentos quando esse consumo semanal era superior a 84 g.
Nos homens, o consumo de álcool foi associado a uma diminuição da taxa de nascidos vivos após tratamentos de fertilidade quando o consumo semanal foi superior a 84 g.
A análise incluiu todos os estudos relevantes publicados antes de 15 de julho de 2022: sete estudos sobre consumo de cafeína e nove estudos sobre consumo de álcool foram incluídos, com um total de 26.922 mulheres e/ou os seus cônjuges que realizaram tratamento de fertilidade.
Comparando com os abstémios, a probabilidade de engravidar após o tratamento de fertilidade diminuiu 7% para as mulheres que consumiam 84 g de álcool por semana, e a probabilidade de os parceiros conseguirem um nado-vivo diminuiu 9% para os homens que consumiram a mesma quantidade de álcool semanal.
“Os casais devem estar cientes de que alguns fatores de estilo de vida modificáveis, como hábitos de bebida, podem afetar os resultados do tratamento de fertilidade”, refere o autor correspondente do estudo, Yufeng Li, especialista do Hospital Tongji, na China. “Mas para perceber a forma como esses fatores afetam o sistema reprodutivo exige ainda mais pesquisas”, conclui.
