Se gosta de ameixas secas, então esta é uma boa notícia: um estudo parece demonstrar que o seu consumo diário ajuda a afastar o risco de osteoporose.
Um estudo realizado com mulheres na pós-menopausa sugere que comer ameixas ricas em nutrientes todos os dias pode ser benéfico para a saúde óssea, reduzindo os fatores inflamatórios que contribuem para a osteoporose.
Em Portugal, os dados apontam para a existência de 10,2% de pessoas com osteoporose, uma doença que torna os ossos mais finos e fáceis de fraturar, afetando 17% das mulheres e 2,6% dos homens. Um problema tanto mais grave após a menopausa, uma vez que nesta fase as mulheres apresentam níveis mais baixos de estrogénio, o que desencadeia um aumento da inflamação no corpo, contribuindo também para a perda óssea.
Estudos anteriores mostraram que os extratos de polifenóis, compostos vegetais que atuam como antioxidantes e reduzem a inflamação, presentes nas ameixas secas promovem níveis mais baixos de stress oxidativo e inflamação num tipo de célula óssea chamada osteoclastos.
Agora, o trabalho realizado por especialistas do Programa de Fisiologia Integrativa e Biomédica e dos Departamentos de Ciências Nutricionais e Cinesiologia da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, explora os efeitos das ameixas secas na saúde óssea após a menopausa.
O estudo dividiu as mulheres na pós-menopausa com um marcador para a presença de osteoporose em três grupos: um deles ingeriu 50 gramas de ameixas (cerca de seis) diariamente durante 12 meses; um segundo grupo comeu 100 g de ameixas (cerca de 12 ameixas) diariamente durante o mesmo tempo e um grupo de controlo, onde os participantes não comeram ameixas.
A equipa analisou amostras de sangue retiradas de todos os voluntários antes e depois do teste e encontrou reduções significativas nos marcadores inflamatórios em ambos os grupos que comem ameixas em comparação com o grupo de controlo.
“As nossas descobertas sugerem que o consumo de seis a 12 ameixas por dia pode reduzir os níveis pró-inflamatórios, que podem contribuir para a perda óssea em mulheres na pós-menopausa. Assim, este fruto pode ser uma intervenção nutricional promissora”, afirma Janhavi Damani, primeiro autor do estudo.
