Mais do que uma doença e mais do que um número, o cancro não define as pessoas, apesar de afetar milhões de vidas. Para assinalar o Dia Mundial da Luta contra o Cancro, a 4 de fevereiro, “Unidos por Cada Um” é a mais recente campanha da Union for International Cancer Control, que pretende posicionar o indivíduo e a comunidade oncológica no centro do cuidado.
Por detrás de cada diagnóstico e tratamento, há uma história única, com necessidades e cuidados diferentes para cada um. Por isso, mais do que focar no diagnóstico e tratamento, o importante é partilhar histórias e experiências de indivíduos, cuidadores, famílias e comunidades. Desta forma, é possível aumentar a consciencialização e melhorar os conhecimentos dos riscos, prevenção, deteção e tratamento do cancro.
De acordo com os últimos dados do The Global Cancer Observatory, em 2022, diagnosticaram-se 69.567 novos casos de cancro em Portugal, sendo que 31.702 foram em mulheres e 37.865 em homens. No total, em 2022, contabilizou-se 203.570 portugueses com esta doença. Também neste ano perderam-se 33.762 pessoas que batalhavam contra o cancro.
Ainda em Portugal, o cancro mais prevalente nos homens foi o da próstata, seguindo-se o colorretal e o do pulmão. Já na mulher, verificou-se que o cancro da mama era o mais prevalente, seguindo-se o colorretal e o do pulmão.
Já em todo o mundo, em 2022, 19.976.499 pessoas tinham um tipo de cancro, com prevalência para o do pulmão, em primeiro lugar, da mama e colorretal. De acordo com os dados do The Global Cancer Observatory, ocorreram 9.743.832 mortes, sendo o cancro do pulmão a principal causa. É na Ásia que o número de novos casos, a prevalência e a mortalidade são mais elevados, seguida da Europa.
O cuidado centrado no doente, o mote desta campanha, é sobre colaboração; é sobre conexão; é sobre comunidade. Para isso, é preciso reconhecer que cada pessoa é única, priorizar as suas necessidades, ouvir as suas preocupações e adaptar os cuidados a cada um. Durante todo este processo desde o diagnóstico até à remissão, o doente não deve passá-lo sozinho; por isso, envolva a sua família, amigos e comunidade, para o apoiarem durante esta jornada.
Estima-se que a incidência e a mortalidade entre 2022 e 2050 vá aumentar, pelo que unidos seremos capazes de reescrever a história do diagnóstico e tratamento do cancro, através da ajuda de testemunhos reais, verdadeiros e únicos. Para combater estas estatísticas, a campanha “Unidos por Cada Um” disponibiliza materiais educativos e inspiracionais para fazer parte desta mudança.
E como a mudança não se faz num dia, a campanha “Unidos por Cada Um” estende-se até 2027.
