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16% dos bebés portugueses não são amamentados na primeira hora de vida

bebés

É considerado um dos mais importantes alicerces para uma boa saúde ao longo da vida das crianças e das mães, tendo os recém-nascidos que são amamentados na primeira hora benefícios insubstituíveis. Ainda assim, em Portugal, cerca de 16% dos bebés não são amamentados durante a primeira hora após o nascimento, percentagem que baixa para 13,9% nos hospitais e maternidades amigos dos bebés.

Até à próxima sexta-feira, dia 5 de outubro, celebra-se a Semana do Aleitamento Materno, que continua a encontrar alguns desafios colocados pelas desigualdades, crises e pobreza.

78 milhões não recebem leite materno quando nascem

De acordo com os dados globais, estima-se que três em cada cinco bebés, ou seja, 78 milhões, não são amamentados na primeira hora de vida, o que os coloca em maior risco de morte e doença e os deixa menos aptos a serem amamentados mais tarde.

Os números integram o relatório «Capture the moment», publicado pela UNICEF e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em agosto, que revela que a grande maioria destes bebés nasce em países de baixo e médio rendimento.

Mais medidas de apoio à amamentação

Por cá, a Comissão Nacional Iniciativa Amiga dos Bebés (CNIAB)/UNICEF que mais e apela aos governos, setor privado e sociedade civil para que sejam implementadas várias medidas de apoio aos recém-nascidos.

Entre estas contam-se o aumento do financiamento e a consciencialização para elevar as taxas de amamentação desde o nascimento até os dois anos de idade (amamentação em exclusivo até aos 6 meses e conjuntamente com a alimentação complementar até aos 2 anos, preferencialmente) e o estabelecimento de medidas legais sólidas que regulamentem a comercialização de substitutos do leite materno, assim como de biberons e tetinas.

Pedem ainda que se promulgue uma licença familiar remunerada e que se implementem políticas de amamentação no local de trabalho, incluindo intervalos remunerados para amamentar e que se instituam os dez passos para o sucesso do aleitamento materno em hospitais e maternidades.

A estas medidas junta-se o fornecimento de leite materno para recém-nascidos doentes, assim como a garantia de que as mães recebem aconselhamento especializado em amamentação nas unidades de saúde e, em especial, durante a primeira semana após o parto.

Fortalecer a relação entre as unidades de saúde e as comunidades que servem, para que as mães possam ter apoio contínuo durante a amamentação e melhorar os sistemas de monitorização destinados a supervisionar as melhorias nas políticas, programas e práticas de amamentação são outros dos apelos deixados.

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