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5 dicas para ter uma época de festas mais sustentável e ecológica

Natal sustentável

Desde o consumo de eletricidade até às pilhas de presentes e ao excesso de comida, esta época do ano pode ter um impacto negativo no ambiente. Jennifer Russell, especialista em sustentabilidade da Univesidade Virginia Tech, nos EUA, afirma que embora nem sempre seja o que queremos ouvir nesta altura, a “abundância” constitui um desafio para uma época que pode e deve ser sustentável.

“Reduzir a abundância é uma das coisas mais importantes que podemos fazer para tornar a época festiva mais sustentável”, afirma Jennifer Russell, que partilha cinco dicas.

1. Reduzir os artigos descartáveis e de utilização única. Evitar o uso excessivo de embrulhos, embalagens, pratos, copos, talheres e outras bugigangas que acabarão por ir parar ao lixo no dia seguinte à celebração. Importante também certificar-se que o que pode ser reciclado vai para o contentor de reciclagem.

2. Reduzir a distância que os alimentos têm de percorrer. Tanto quanto possível, tente comprar os seus produtos alimentares a produtores e retalhistas locais. Isto ajuda muito a apoiar as pessoas da sua comunidade e a reduzir as centenas de quilómetros de transporte por camião e por centro de distribuição, contribuindo para uma época mais sustentável.

3. Reduzir a distância que os seus presentes têm de percorrer. À semelhança das decisões alimentares, muitos dos presentes que encontramos em lojas de retalho comuns ou online são fabricados a milhares de quilómetros de distância e têm de ser transportados por navio, comboio e camião para chegarem até nós. Veja as opções de presentes disponíveis em empresas e pequenos negócios localizados na sua comunidade e região. Este esforço extra também ajuda os proprietários de pequenas empresas e as comunidades a tornarem-se mais fortes – e o ser sustentável inclui considerações sociais e económicas.

4. Ter como objetivo o desperdício líquido zero de alimentos. Quer pretenda ter “zero” desperdício de alimentos reduzindo as quantidades compradas, preparando menos, encorajando tamanhos de porções saudáveis, planeando as sobras, tente reduzir os alimentos que vão para o seu caixote do lixo.

5. Apontar para a qualidade, não para a quantidade. Um preço baixo nem sempre conduz a uma boa experiência, sobretudo se isso significar que um presente pode partir-se mais cedo do que o esperado. A qualidade não tem de ser cara – existem centenas de mercados de consignação e revenda online que têm opções de alta qualidade, únicas e mais acessíveis.

O que é mais sustentável: árvore de Natal verdadeira ou falsa?

Quando se trata de comprar uma árvore de Natal verdadeira ou falsa, Russell considera que se trata realmente de compreender as vantagens e desvantagens, porque ambas têm impactos ambientais. “As árvores naturais requerem terra, fertilizantes, equipamento pesado, tempo e muita água durante os seus ciclos de vida antes de se tornarem as árvores que colocamos nas nossas casas”, explica. “As árvores fabricadas são feitas de materiais extraídos e sintéticos (por exemplo, plástico) e requerem fábricas, equipamento de grandes dimensões e cadeias de abastecimento globais durante os seus ciclos de vida.”

Para ajudar a tomar essa decisão, Russell aponta para um estudo realizado pela Associação Americana de Árvores de Natal, que indica que, “em geral, os impactos ambientais de uma árvore artificial só seriam preferíveis aos de uma árvore natural se ela fosse usada por um período de pelo menos cinco anos, idealmente mais longo.” Por outras palavras, se só vai usar a árvore falsa durante três anos, é melhor comprar três árvores naturais.

É importante também recordar que muitas pessoas têm de passar as festas com pouco ou nada. “Pense em algumas das coisas que já tem e que já não são necessárias. Poderiam ser doadas a um abrigo ou a um centro de recursos comunitário?”, diz Russell. Os brinquedos são uma coisa que muitas vezes se enquadra nesta categoria. “Existem organizações que recolhem, limpam e redistribuem brinquedos usados.”

 

Crédito imagem: Mel Poole (Unsplash)

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