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Nutrientes e alimentos que ajudam a manter longe o cancro do intestino

cancro do intestino

Em 2030, as estimativas apontam para a existência de mais de 2,2 milhões de novos casos de cancro do intestino e 1,1 milhão de mortes por ano pela doença no mundo. Há muito que os especialistas acreditam que uma vida saudável, nomeadamente a dieta, é uma das melhores formas de prevenção. Agora, a avaliação de 80 ensaios clínicos e estudos observacionais, publicados entre 1980 e 2019 e que se debruçaram o impacto da dieta e de medicamentos no risco deste tipo de tumor, confirmam-no.

Publicados na revista científica Gut, os resultados revelam que o ácido fólico, o magnésio e os laticínios podem ajudar a prevenir o cancro do intestino, não havendo, no entanto, evidências de que alho ou cebola, peixe, chá ou café protejam contra a doença.

Um grupo de investigadores franceses, canadianos e holandeses referem, no entanto, não ser possível determinar “a dose certa e a duração da exposição ou ingestão de qualquer um dos produtos”.

O estudo revela ser provável que a aspirina proteja contra o cancro do intestino, reduzindo o risco entre 14 e 29% em doses tão baixas quanto 75 mg/dia. O uso de anti-inflamatórios não esteroides foi também associado a uma redução no risco de 26 a 43% até cinco anos.

Também a ingestão de magnésio, pelo menos 255 mg/dia, foi associada a um risco 23% menor, em comparação com uma ingestão mais baixa, tendo a ingestão elevada de ácido fólico sido associada a um risco 12-15% menor.

Da mesma forma, o consumo de laticínios foi associado a um risco 13 a 19% menor da doença. No entanto, enfatizam os autores, a variedade de produtos lácteos e o grande número de estudos incluídos tornam difícil tirar conclusões seguras sobre as quantidades necessárias para prevenir a doença.

Fibra e vitaminas afastam cancro do intestino

A fibra é conhecida como amiga dos intestinos, tendo aqui sido associada a um risco 22 a 43% menor de desenvolver a doença. Já a ingestão de frutas e vegetais, essa foi associada a um risco até 52% menor, com um benefício adicional para cada 100 g/dia adicional de aumento na ingestão. 

Não houve, no entanto, evidência de que as vitaminas E, C ou multivitamínicos tenham um efeito protetor, da mesma forma que não houve também evidência de benefícios do betacaroteno ou selénio na prevenção do cancro do intestino.

Os dados foram também fracos em relação ao impacto do chá, alho ou cebola, vitamina D sozinha ou em combinação com cálcio, café e cafeína, peixe e ómega 3, e inconsistentes quanto ao efeito protetor da vitamina A e B.

Carne é inimiga

A maioria das análises avaliadas, feitas a partir de estudos observacionais, dá conta de um risco aumentado de 12 a 21% para a carne, sobretudo carne vermelha e processada.

Finalmente, a ingestão de bebidas alcoólicas foi associada a um risco significativamente superior e quanto maior o consumo, maior o risco.

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