Uma grande análise de dados de quase 400.000 adultos saudáveis dos EUA, que foram acompanhados ao longo de mais de 20 anos, não encontrou associação entre o uso regular de multivitamínicos e um menor risco de morte. Um estudo realizado por investigadores do National Institutes of Health’s National Cancer Institute.
São muitos os que tomam multivitamínicos na esperança de melhorar a sua saúde. No entanto, os benefícios e malefícios do uso regular deste tipo de produtos permanecem pouco claros. Outras análises sobre o uso de multivitamínicos e mortalidade obtiveram resultados mistos e foram limitados pelos curtos períodos de acompanhamento.
Para explorar mais profundamente a relação entre o uso regular de multivitamínicos a longo prazo e a mortalidade geral e morte por doenças cardiovasculares e cancro, os investigadores analisaram dados de três grandes estudos prospetivos, geograficamente diversos, que envolveram um total de 390.124 adultos americanos seguidos durante mais de 20 anos. Os participantes incluídos nesta análise eram geralmente saudáveis, sem antecedentes de cancro ou outras doenças crónicas.
A análise mostrou que as pessoas que tomavam multivitamínicos diariamente não apresentavam um risco menor de morte por qualquer causa do que as pessoas que não tomavam este tipo de suplementos. Também não se verificaram diferenças na mortalidade por cancro, doenças cardíacas ou doenças cerebrovasculares.
Dados que levam os investigadores a afirmar que é importante avaliar o uso de multivitamínicos e o risco de morte entre diferentes tipos de populações, como as que têm deficiências nutricionais documentadas, bem como o potencial impacto do uso regular deste tipo de suplementos noutras condições de saúde associadas ao envelhecimento.