De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a hesitação vacinal é uma das dez maiores ameaças à saúde global, colocando em causa os avanços conquistados no combate a doenças que podem ser prevenidas através da vacinação. Este problema torna-se ainda mais preocupante se tivermos em conta que tem vindo a ser reportado em mais de 90% dos países do mundo. Por isso, e com o intuito de capacitar médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde para o melhor compreender e enfrentar, a NOVA Medical School lança, em 2025, a primeira edição da Formação Avançada em Hesitação Vacinal.
Neste curso vão ser abordados temas como: o impacto da vacinação na saúde da população; fatores sociocomportamentais e comunicação na abordagem à hesitação vacinal; estratégias para combater a hesitação vacinal; e estratégias discursivas e gestão de dúvidas.
Assim, espera-se que os participantes possam aprofundar os seus conhecimentos não só sobre os motivos que podem influenciar a hesitação vacinal – como fatores sociais, políticos e pessoais -, mas também de aprender sobre a resposta imunitária às vacinas, novas tecnologias de vacinação (como as vacinas de mRNA e adenovirais), e os diferentes perfis de hesitação vacinal.
No fim, o grande objetivo será explorar estratégias de abordagem para lidar com os principais tipos de hesitação que os profissionais de saúde encontram durante a sua prática clínica.
Nos últimos anos, a hesitação vacinal tem aumentado em extensão e abrangência, alimentada pela proliferação de informações falsas nas redes sociais.
Helena Soares, coordenadora desta Formação Avançada, considera que “este fenómeno não é apenas um desafio para os profissionais de saúde, mas uma preocupação global que exige uma resposta estratégica e bem-informada”.
Assim, “este curso surge como uma resposta necessária ao crescente desafio da hesitação vacinal, capacitando os profissionais de saúde a desempenharem um papel crucial na promoção da aceitação das vacinas e na proteção da saúde pública global”.
O curso destina-se a médicos e profissionais de saúde com formação em ciências básicas e biológicas.