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Videojogos em idade escolar precoce criam vícios e problemas de jogo

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“Aqueles que começaram a jogar numa idade mais jovem desenvolveram problemas mais rapidamente, o que pode ser uma consequência do acesso precoce dos jovens aos jogos que levam à dependência mais cedo.” Quem o garante é Annika Hofstedt, primeira autora do estudo desenvolvido no Hospital Universitário Sahlgrenska, para determinar se estar em contacto com videojogos precocemente pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos de jogos mais graves. 

Este estudo envolveu 69 pessoas com idades compreendidas entre os 15 e 56 anos, divididos num grupo mais jovem com indivíduos até 25 anos e um grupo mais velho com 26 ou mais anos, que preencheram os critérios para transtorno de jogo. 

Através de entrevistas e questionários, compreendeu-se que o grupo mais jovem começou a jogar videojogos com cerca de seis anos e desenvolveu, em média, problemas aos 14 anos. Já no grupo mais velho, que não começou a jogar tão cedo, apenas com cerca de 10 anos, os problemas surgiram apenas por volta dos 21 anos.

“Cada vez mais pessoas de todas as idades jogam videojogos que, apesar de não serem prejudiciais, é necessário mais conhecimento sobre o desenvolvimento do transtorno de jogo nas várias fases da vida”, reflete Anna Söderpalm Gordh. Esta situação levanta questões importantes para a sociedade, escola e pais, pelo que a especialista sugere “esperar alguns anos antes de dar o primeiro videojogo a uma criança”.

Como diagnosticar um transtorno de jogo?

Muitas pessoas gostam de jogar videojogos, mas nem todas desenvolvem esta patologia. Uma pessoa com transtorno de jogo tem uma vontade incontrolável de jogar videojogos, seja no telemóvel ou no computador. Para um diagnóstico correto, estes problemas devem existir há algum tempo e o jogo deve ser o responsável por efeitos prejudiciais nos seus relacionamentos e outros aspetos da vida. 

Aquando do diagnóstico, a pessoa deve ser acompanhada e desenvolver um tratamento adequado a cada caso.

 

Crédito imagem: Pexels

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