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Perigos escondidos nas férias dos mais pequenos

riscos das férias para as crianças

No dia em que as autoridades nacionais apresentaram o plano ‘Saúde Sazonal Verão Seguro’, aproveitamos para deixar alguns conselhos, destinados aos mais pequenos, para que as férias dos filhos não se tornem um pesadelo dos pais.

Atenção ao sol

Crianças e jovens são, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), grupos de risco quando se trata das atividades ao ar livre nas horas de maior calor. É por isso que deixa alguns conselhos, a começar por evitar fazer programas para as horas em que o sol brilha com mais intensidade, ou seja, entre as 11h00 e as 17h00. 

Mas há mais dicas que ajudam a proteger do sol, como vestir a criança com roupas leves, soltas e de cor clara, sem esquecer o chapéu quando estiverem ao ar livre.

A hidratação é essencial, pelo que se deve dar água com mais frequência e certificar-se de que os mais pequenos bebem mais do que o habitual.

O protetor solar deve ser aplicado antes de sair de casa e nunca se deve deixar o bebé/criança dentro de um carro estacionado ou outro local exposto ao sol, mesmo que por pouco tempo.

Sintomas como suores intensos, fraqueza, pele fria, pegajosa e pálida, pulsação acelerada ou fraca, vómitos ou náuseas e desmaios devem motivar a procura imediata por assistência médica.

Um risco chamado golpe de calor

A DGS define o golpe de calor como “uma situação muito grave”, que “acontece quando o sistema de controlo da temperatura do corpo deixa de trabalhar. O corpo deixa de produzir suor e não arrefece. A temperatura corporal pode, em 10-15 minutos, atingir os 39ºC, provocando deficiências cerebrais ou até mesmo a morte se a pessoa não for socorrida rapidamente”.

No caso de sintomas como febre alta, pele vermelha, quente, seca e sem produção de suor, pulso rápido e forte, dor de cabeça, náuseas, tonturas, confusão e perda parcial ou total de consciência, deve ligar-se de imediato para o número de emergência 112.

Enquanto este não chega, a pessoa deve ser transportada para um local fresco ou para uma sala com ar condicionado, aplicando-se toalhas húmidas ou pulverizando com água fria para arrefecer o seu corpo, e arejando o ambiente à sua volta com uma ventoinha ou um abanador.

Riscos na água: os afogamentos

É da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) que vem o alerta para os afogamentos, a segunda causa de morte acidental nas crianças, sendo os meses de junho, julho e agosto os mais preocupantes.

Ao todo, as estatísticas dão conta de 228 mortes de crianças e jovens, nos últimos 14 anos, na sequência de  afogamentos. E mesmo as crianças que chegam com vida ao hospital apresentam normalmente um prognóstico reservado, podendo ficar com “lesões neurológicas permanentes com impacto a diferentes níveis (saúde, sociais, económicos)”.

Porque os afogamentos são, como refere a APSI, “muito rápido, silencioso e que acontece em muito pouca água”, bastando alguns segundos para que se torne real, é essencial, considera a associação, a colocação de barreiras físicas nas piscinas, tanques e poços, a utilização de auxiliares de flutuação e a existência de meios e pessoas que permitam um salvamento imediato em caso de afogamento.

A isto juntam-se os cuidados a ter pelos pais e pelas crianças, que incluem não perder as crianças de vista junto à água, dificultar o acesso das crianças aos locais com água, escolher praias e piscinas vigiadas e que cumpram a sinalização, colocar sempre colete salva-vidas às crianças em águas agitadas, turvas ou profundas, assim como braçadeiras no caso das águas paradas, transparentes e pouco profundas.

Ensinar as crianças a nadar, ainda que mantendo uma vigilância próxima pode ajudar a salvar vidas, mas explicando que estas nunca o devem fazer sozinhas.

Quando a criança se perde

Perder de vista um filho é um dos maiores receios dos pais. No caso de acontecer, a Missing Children Europe, uma federação europeia que reúne várias organizações de crianças desaparecidas, aconselha os pais a irem para o último local onde viram a criança ou para onde ela poderia ter ido.

Entrar em contacto com a polícia local, para que possam dar início à investigação, é outro dos passos. No caso de estar de férias fora do país, deve ainda ligar-se para o número 116.000, que ajuda a direcionar para as autoridades certas.

Deve também dizer aos mais pequenos o que fazer no caso de se perderem, que inclui ensinar-lhes o seu nome completo e morada (ou número de telefone) e indicar para onde devem ir no caso de deixarem de ver os pais. 

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