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É possível ter um ataque cardíaco e não saber?

ataque cardíaco silencioso

“Na vida real, os ataques cardíacos podem ser muito mais subtis do que parecem na TV”, explica Patrick Fitzsimmons, cardiologista do Penn State Health Lancaster Medical Center, que salienta que, por vezes, os sintomas de ataque cardíaco são tão ligeiros que passam despercebidos. Isto é o chamado ataque cardíaco silencioso.

Sem tratamento médico rápido, um ataque cardíaco silencioso pode causar danos irreversíveis. Cada segundo conta, pois uma artéria bloqueada bloqueia o fluxo sanguíneo para partes do coração. “O tecido vai morrendo com o passar do tempo, pelo que o tempo e a rapidez com que as pessoas procuram cuidados médicos são essenciais”, refere Fitzsimmons.

O que é um ataque cardíaco silencioso?

Alguns ataques cardíacos silenciosos são causados ​​por bloqueios parciais das artérias, conhecidos como mini ataques cardíacos. No entanto, os bloqueios completos também podem causar ataques cardíacos silenciosos e sintomas ligeiros não significam necessariamente um ataque cardíaco ligeiro.

“As pessoas podem ter doença coronária grave e podem não apresentar quaisquer sintomas”, diz Fitzsimmons. “Todos nós temos diferentes sistemas de alerta.”

Um cardiologista pode identificar os danos de um ataque cardíaco silencioso num ecocardiograma, um exame que mostra imagens do seu coração. Por vezes, uma ecografia anormal é o primeiro sinal de que ocorreu um destes eventos.

Como é um ataque cardíaco?

Os sintomas de ataque cardíaco podem incluir dor ou aperto no peito, que pode irradiar para o braço esquerdo, dor na mandíbula, náuseas, vómitos, falta de ar ou fadiga. Por vezes, os silenciosos causam sintomas ligeiros que as pessoas ignoram ou atribuem a outras causas, como problemas ortopédicos ou dores de estômago.

“Quando as pessoas não reconhecem estes sintomas como sintomas cardíacos, tendem a chegar tarde aos cuidados médicos”, explica Fitzsimmons.

Os sinais de um ataque cardíaco em mulheres, idosos e pessoas com diabetes incluem frequentemente falta de ar, fadiga ou uma sensação geral de mal-estar em vez de dor no peito, esclarece o médico.

Não ignore sintomas suspeitos que duram 20 minutos ou mais. “O maior erro que as pessoas cometem é ficarem em casa com sintomas persistentes quando pode ser o coração.”

Quais são os fatores de risco para um ataque cardíaco?

Os fatores de risco para os ataques cardíacos incluem:

  • História familiar de doença cardíaca
  • História de tabagismo
  • Colesterol alto
  • Pressão alta
  • Aumento da idade
  • Excesso de peso ou obesidade
  • Síndrome metabólico
  • Doença renal crónica
  • Inatividade física
  • História de ataques cardíacos

No entanto, por vezes, as pessoas com poucos fatores de risco também sofrem ataques cardíacos. É por isso que é vital levar os sintomas a sério.

Qual o impacto na saúde dos ataques cardíacos silenciosos?

Os ataques cardíacos silenciosos podem aumentar o risco de insuficiência cardíaca, acidentes vasculares cerebrais e morte cardíaca súbita.

Se procurar ajuda médica para um ataque cardíaco suficientemente cedo, um cardiologista pode realizar uma angioplastia, um procedimento para abrir artérias bloqueadas e restaurar o fluxo sanguíneo. Caso contrário, o coração sofrerá danos que podem causar a morte ou exigir um tratamento mais complexo, como cirurgia de revascularização ou implante de stent.

“Os ataques cardíacos ocorrem quando uma placa se rompe dentro de uma artéria e causa um trombo ou um coágulo”, explica Fitzsimmons. “Inicialmente, este trombo é mole, por isso, se o seu cardiologista o esmagar com um balão ou um stent, irá romper, e medicamentos como os anticoagulantes podem ajudar o seu corpo a quebrá-lo. O problema é que, à medida que o coágulo se organiza e endurece, torna-se como uma bola de borracha que o cardiologista não consegue mover.”

Reduza o risco 

  • Mova-se mais. Caminhar durante 50 minutos, cinco vezes por semana, pode reduzir o risco de ataque cardíaco, reforça o médico. Se 50 minutos parecem assustadores, comece com cinco. Continue a mexer-se e a melhorar a cada dia.
  • Atenção ao que come. Uma dieta mediterrânica, que é um plano alimentar anti-inflamatório, rico em frutas, legumes, azeite e carnes magras, pode proteger o coração.
  • Verifique o seu colesterol. O colesterol elevado pode obstruir as artérias, aumentando o risco de ataque cardíaco.
  • Faça o rastreio da diabetes. Com o tempo, os níveis elevados de açúcar no sangue por tratar podem danificar o revestimento dos vasos sanguíneos e aumentar o risco de ataque cardíaco.

Informe o seu médico se algo lhe parecer estranho. “As pessoas geralmente apresentam sintomas algumas semanas antes de sofrer um ataque cardíaco, mas não os reconhecem porque não são dores no peito”, afirma Fitzsimmons. “Isto pode acontecer quando realizam atividades, como subir um lance de escadas.” Se tiver sintomas quando realiza esforços, consulte o seu médico.

 

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