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Sobreviventes de ataque cardíaco e paragem cardíaca com risco aumentado de morte precoce

paragem cardíaca

Os sobreviventes de um ataque cardíaco, em conjunto com uma paragem cardíaca súbita têm um risco acrescido de morte no prazo de seis anos após a alta hospitalar, alerta um estudo publicado no Journal of the American Heart Association.

Um ataque cardíaco acontece quando o fluxo sanguíneo para o coração é bloqueado, enquanto uma paragem cardíaca súbita tem lugar quando o coração não funciona bem e pára de bater repentinamente e de forma inesperada, o que pode ser fatal se não for tratado de imediato.

O estudo, realizado por investigadores sob a liderança do Imperial College Healthcare NHS Trust e do Imperial College London, tem por base dados de 13.444 pessoas, recolhidos entre 2010 e 2017 e mostra, pela primeira vez, que os doentes que tiveram ataques cardíacos e, em seguida, uma paragem cardíaca súbita se encontravam em risco acrescido de complicações.

Aqueles que tiveram uma paragem cardíaca no momento do ataque cardíaco eram duas vezes mais propensos do que aqueles que sofreram um ataque cardíaco isolado de desenvolver ritmos cardíacos anormais, conhecidos como arritmia ventricular, um tipo de batimento cardíaco em que o coração começa a bater mais rápido. Já aqueles que tiveram com paragem cardíaca tinham um risco 36% superior de morte, em média, três anos após a alta hospitalar.

Para os especialistas, este pequeno subgrupo de pessoas pode beneficiar de tratamentos adicionais, como um cardioversor desfibrilhador implantável (CDI), um pequeno dispositivo que trata pessoas com ritmos cardíacos anormais. 

Fu Siong Ng, autor sénior do estudo e professor clínico de eletrofisiologia cardíaca no Imperial College London, considera que “a maioria dos doentes que tem ataques cardíacos não sofre uma paragem cardíaca. No entanto, o nosso estudo revelou que há um pequeno grupo de pessoas em que isso acontece e, se sobreviverem à paragem cardíaca inicial, terão mais complicações e morte precoce. E destacou que podemos precisar de analisar a forma como tratamos este tipo de doentes, sendo necessário atualizar as nossas diretrizes atuais”.

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