Um em cada cinco portugueses adultos tem anemia. Os dados fazem parte do único estudo nacional sobre o tema, que acrescenta a este outro dados preocupante: a maioria (84%) não está diagnosticada. O rastreio é uma das formas de conhecer o problema, como aquele que se vai realizar em Cascais, nos dias 30 e 31 de março.
Segundo o estudo EMPIRE, realizado pelo Anemia Working Group Portugal, a prevalência da anemia é elevada no nosso país, chegando aos 20%, valor superior à estimativa de 15% da Organização Mundial de Saúde.
Para fazer o diagnóstico da anemia, recorrem-se a análises de sangue, algo que costuma ser feito de forma tardia, uma vez que a anemia é frequentemente confundida com a fadiga numa fase inicial e tem um desenvolvimento lento, podendo passar diversos meses até que as reservas de ferro do organismo sejam esgotadas.
Dois dias de rastreios
Para sensibilizar e cuidar da população, a SYNLAB vai realizar rastreios de anemia nos dias 30 e 31 de março, das 10h00 às 18h00, no Cascais Villa Shopping Center.
A participação é gratuita para todas as idades e os participantes podem ainda participar num sorteio e habilitar-se a ganhar um teste de intolerância alimentar A200 e a muitos brindes.
Deficiência de ferro na origem de metade dos casos
Ainda de acordo com o estudo EMPIRE, cerca de 52,7% de todos os casos de anemia são resultado de uma deficiência de ferro.
Quando esta se instala, significa que o ferro é insuficiente para dar resposta às necessidades do organismo, uma vez que este é essencial para o funcionamento saudável de todo o corpo, incluindo coração, músculos e glóbulos vermelhos, com impacto também ao nível da saúde mental.
De resto, a Organização Mundial da Saúde reconhece a existência de uma redução de 30% no rendimento do trabalho e do desempenho físico em homens e mulheres com deficiência de ferro.