De acordo com um dos maiores estudos realizados até ao momento sobre a epidemia do coronavírus, o período entre a exposição ao vírus oriundo da China e os sintomas é, em média, de 5,2 dias, variando muito de pessoa para pessoa.
Publicado esta semana no New England Journal of Medicine, o trabalho foi realizado por um grupo de especialistas chineses, que admitem que a estimativa feita possa ser “imprecisa”. Ainda assim, consideram importante a existência de um período de observação médica de 14 dias para pessoas expostas ao agente que se tem revelado mortal.
As informações partilhadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontavam para um período de incubação que podia ir dois dois aos 10 dias, isto antes de aparecerem sintomas como febre, tosse, falta de ar e dificuldade respiratória aguda.
Este novo estudo avaliou as primeiras 425 afetadas pelo vírus e verificou ainda que a transmissão pessoa-a-pessoa estava a ocorrer desde meados de dezembro de 2019.
Descobertas que vão ao encontro de uma outra investigação, esta oriunda da Holanda, que deu conta da existência de um período de incubação de 5,8 dias, com grandes variações.
Decisões sobre epidemia de coronavírus
Os dados mais recentes revelam a dimensão da epidemia que, esta quinta-feira, já tinha chegado a todas as regiões da China, com o número de mortes a ascender aos 170.
De acordo com as autoridades de saúde chinesas, o número de casos tinha chegado, a 29 de janeiro, aos 7.711 confirmados, tendo a infeção chegado a outros 15 países.
Motivos que levam o Comité de Emergência sobre o novo coronavírus, da OMS, a reunir novamente esta quinta-feira, tal como confirmou o seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O Comité aconselhará o diretor-geral sobre a necessidade de declarar ou não o surto como uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional e quais as recomendações que devem ser feitas para o gerir.