A exposição regular aos produtos de limpeza pode ter efeitos na função respiratória, causando o seu declínio, revela um novo estudo realizado na Noruega. Um impacto que é semelhante ao de fumar um maço de cigarros por dia, ao longo de 20 anos.
O trabalho, publicado na revista American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, foi realizado junto de mais de 6.200 pessoas, metade das quais mulheres na casa dos 35 anos. Incluídas no European Community Respiratory Health Survey, foram submetidas a vários testes à sua função pulmonar em 22 centros de nove países europeus e responderam a três questionários ao longo de 20 anos.
Testes e respostas que servem para concluir que quem usa sprays de limpeza ou outros produtos do género pelo menos uma vez por semana apresenta um declínio mais acentuado da função respiratória que os que não tinham por hábito recorrer a estes produtos.
“Apesar dos efeitos de curto prazo dos químicos para limpeza na asma estarem cada vez mais bem documentados, falta informação sobre o impacto de longo prazo”, referiu a propósito Cecile Svanes, professor na Universidade de Bergen, na Noruega e um dos principais autores do estudo.
Para os investigadores, é necessário prosseguir os trabalhos para determinar quais os agentes químicos responsáveis por estes resultados. Mas para já fica o conselho: uma esponja e água são as melhores alternativas de limpeza.