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Os mitos da cirurgia plástica em que deve parar de acreditar

mitos da cirurgia plástica

Desengane-se quem pensa que a cirurgia plástica opera milagres. A gestão de expectativas nem sempre é fácil e é para ajudar a enquadrá-las que Luiz Toledo, especialista mundial de cirurgia plástica e estética e cirurgião há mais de 30 anos, salienta a existência de alguns mitos, ajudando a deitá-los por terra.

Talvez o maior mito, e simultaneamente o desejo de muitas mulheres que passam por este processo, é ter resultados imediatos. “Na rinoplastia, por exemplo, no segundo mês pode ver 90% dos resultados, mas só se pode considerar o resultado final após 18 meses”, refere o especialista.

“Na cirurgia de aumento mamário, este período passa para seis meses. Apesar de cada cirurgia ter prazos diferentes, os resultados nunca são imediatos”, confirma o médico.

Injetáveis: sim ou não?

Não, nem toda a gente vai notar. Ou pelo menos não devia ser esse o caso, embora esta seja outra crença generalizada. “Eu costumo dizer que a boa cirurgia plástica é invisível”, refere Luiz Toledo.

“Há muita gente que acha que certas pessoas envelhecem muito bem naturalmente, no entanto, essas pessoas vão fazendo tratamentos de manutenção, de forma a evitar grandes procedimentos e grandes mudanças na fisionomia.”

O botox, ou melhor, a toxina botulínica, é outra fonte de mitos, sendo muitos os que acreditam que os tratamentos com esta substância os vão impedir de mexer a cara.

Outra ideia errada, uma vez que os injetáveis, como botox ou ácido hialurónico, criam um look natural e fresco, não sendo óbvio que a pessoa fez este tipo de tratamento.

“Quando administrados por um profissional, dão melhorias subtis, que promovem o ar jovial. Estes procedimentos apenas devem ser efetuados por um cirurgião plástico.”

Medos há muitos

A existência de cicatrizes é, mais do que um mito, um medo. Estas dependem sempre do procedimento. No entanto, muitas vezes os doentes têm perceções erradas sobre a quantidade de cicatrizes que irão ter.

“A cirurgia será sempre planeada de forma a deixar o mínimo de cicatriz possível. Apesar de se notar mais ao início, a partir do terceiro mês até o 18.º a cicatriz fica da cor da pele, o que faz com que fique bastante menos percetível”, explica o médico.

Luiz Toledo aproveita também para esclarecer outro receio frequente. Vários doentes têm medo de passar a noite na clínica ou hospital onde fazem a cirurgia, querendo imediatamente o conforto das suas casas.

E ainda que haja excepções a esta regra, em que o doente pode ir para casa no próprio dia, passar a primeira noite após a cirurgia num local com profissionais de saúde é bastante mais seguro.

A anestesia é outra fonte frequente de receio. De acordo com o médico, uma cirurgia plástica efetuada com recurso a anestesia geral é um procedimento mais seguro do que com qualquer outro tipo de sedação. O anestesista está presente durante toda a duração da cirurgia, e é usada menos quantidade de sedativo no doente.

Os homens também as fazem

Os homens não fazem cirurgia plástica? A pergunta, transformada em afirmação, é frequente, mas não podia estar mais errada, refere o especialista. “Os homens já representam cerca de 20% dos meus clientes.”

As cirurgias mais procuradas são lipoaspiração (principalmente para tratar a barriga e a ginecomastia, ou mama masculina) e tratamentos de rejuvenescimento. São procedimentos feitos com o objetivo de parecerem mais energéticos, dinâmicos, para se sentirem mais confiantes e também para conseguirem competir no mercado de trabalho.

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