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Stress do confinamento em casa aumenta risco de burnout parental

burnout parental

Com as escolas fechadas, cortesia de uma pandemia que exige distanciamento social, pais e filhos partilham agora a totalidade dos seus dias, o que, para muitos, é uma novidade. E pode ser também fonte acrescida de stress, que pode conduzir ao burnout parental. É para esta que alerta Maria Filomena Gaspar, docente da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC).

“Entre 2% a 5% das famílias sofre um aumento de stress que pode contemplar, em si mesmo, um risco de burnout parental”, refere a especialista, que é também investigadora do consórcio International Investigation of Parental Burnout.

Em declarações ao site da Universidade de Coimbra, Maria Filomena Gaspar explica que nem sempre é fácil distinguir o stress do burnout, enumerando três características que podem ajudar nesta tarefa: “o distanciamento emocional da criança, outro fator é a exaustão enorme, sentimento de esgotamento, sem energia. A terceira dimensão é que estes pais, quando pensam no que já foram e comparam com o que são, sentem que são péssimos pais, com baixa competência”.

Sinais que indicam que “alguma coisa está a correr de forma menos boa na saúde mental e nestes casos é muito importante que as pessoas procurem ajuda”.

É assim, por norma, e é ainda mais nestes tempos de confinamento que, garante, “amplificam a situação”.

Isto porque aquilo que se pede aos pais neste dias de pandemia é que “conciliem um conjunto de tarefas que aumentam o stress” e que normalmente não faziam ou faziam fora de casa.

Dicas para evitar o burnout parental

A especialista aproveita ainda para identificar aquele que considera um dos grandes desafios para os pais hoje: que é “não perceber que eles também têm que cuidar deles mesmos. É não perceber que durante a rotina diária têm que encontrar um momento em que eles se cuidem, meia hora pelo menos”.

Baixa o nível de exigência é o conselho que dá, até porque, reforça, “não temos de ser perfeitos porque não há pais perfeitos. O nível de exigência que coloco a mim mesmo é algo que me pode colocar em risco”.

Para evitar o burnout parental, considera essencial o “equilíbrio entre os riscos e os recursos para lidar com os riscos”.

O que passa por uma organização do dia das crianças e criação de uma rotina, também uma boa forma de garantir uma boa relação entre pais e filhos.

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