Vestiram a pele de artistas, trabalharam materiais e, durante um dia, foram apenas crianças, iguais a tantas outras. Com a ajuda de Vhils, e a partir de um convite da Fundação Rui Osório de Castro, um grupo de crianças com cancro, com idades entre os sete e os 18 anos, em tratamento no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, embarcou numa grande aventura, a da imaginação e criatividade.
Não só visitaram o estúdio do artista, como as crianças com cancro ficaram a conhecer várias das técnicas por ele utilizadas, tendo ainda a oportunidade para, também elas, criar.
A iniciativa inseriu-se num trabalho que a Fundação Rui Osório de Castro desenvolve regularmente. “Trabalhamos todos os dias para estas crianças e para as suas famílias, através da informação, porque sabemos que famílias informadas são famílias mais tranquilas, e a apoiar a investigação, porque também sabemos que sem investigação não se evolui”, refere Cristina Potier, diretora-geral da Fundação.
“Estas iniciativas são pontuais mas dão-nos uma satisfação enorme. É uma experiência ímpar. A oportunidade de conhecer o Vhils e trabalhar lado a lado com ele é algo que aquelas famílias nunca mais irão esquecer. Obrigada ao artista e à sua equipa por terem tornado este momento uma realidade”, acrescenta.
Para Alexandre Farto, mais conhecido como Vhils, concorda. “Hoje foi um dia muito especial pela oportunidade de partilhar o meu processo de trabalho com este grupo de crianças. A minha equipa esteve lado a lado com elas, a preparar billboards que fazemos com posters de rua, e foi para nós muito enriquecedor.”
De recordar que, em outubro de 2018, o artista, em parceria com a Underdogs, doou a receita da venda de 50 serigrafias e dez provas de artista da edição Intangible, que se destinou aos projetos informativos e de apoio à investigação em oncologia pediátrica da Fundação. Já o resultado deste workshop em especial será doado ao IPO de Lisboa e deverá ficar exposto.