
Num contexto em que cada vez mais pessoas optam por adiar a maternidade sem estarem plenamente conscientes do impacto da idade na fertilidade, realizou-se uma sessão de sensibilização dos jovens para a importância da preservação da fertilidade e da doação de óvulos. Uma iniciativa da Ferticentro, em parceria com a plataforma Sou Dadora.
Segundo Ana Torgal, General Manager da Ferticentro, a educação sobre saúde reprodutiva deve começar cedo, permitindo que os jovens façam escolhas informadas. “A idade é um dos fatores que mais afeta a fertilidade e, por isso, mesmo pessoas saudáveis e em boa forma devem considerar a preservação da fertilidade se planearem adiar a constituição de uma família. Por outro lado, os jovens que desejem fazer algo incrível e generoso podem optar por doar óvulos, ajudando aqueles que não conseguem começar uma família usando os seus próprios gâmetas.”
No que diz respeito à doação de óvulos, esta é essencial porque, de acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, aproximadamente uma em cada seis pessoas em idade reprodutiva no mundo sofre de infertilidade ao longo da vida. O recurso a ovócitos doados pode ser a única forma, para muitas mulheres, de concretizar o sonho de ter um filho, sendo importante sobretudo nos casos em que a reserva ovárica é reduzida.
Em Portugal a doação de gâmetas está prevista na lei desde 2006 e está devidamente regulamentada, estando definido que essa doação tem de ser voluntária, de caráter benévolo e não remunerada, embora os dadores recebam uma compensação destinada ao reembolso das despesas efetuadas ou dos prejuízos direta e imediatamente resultantes da dádiva.