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Diagnosticar a doença de Parkinson pela forma como se usa o smartphone

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Amostras de voz, padrões de movimento e movimentos dos dedos quando tocam o ecrã são facilmente monitorizados com a possibilidade de ajudar a diagnosticar a doença de Parkinson. É pelo menos isso que espera um grupo de investigadores da Universidade de Malmö, na Suécia, que está a desenvolver uma aplicação para smartphone com esse objetivo.

O novo projeto desenvolverá tecnologia que possibilitará a recolha de dados importantes sem que o doente tenha de procurar ajuda de profissionais de saúde.

“Uma vantagem é que a tecnologia possibilita a recolha de dados diariamente. A ideia é que possa substituir partes dos exames que costumam ser feitos em hospitais”, refere Dario Salvi, investigador da Internet das Coisas e Pessoas (IoTaP).

‘Parkapp’, assim se chama a ‘app’, recebeu recentemente uma bolsa de dois milhões de coroas suecas da Fundação Mats Paulsson, para desenvolvimento de uma ferramenta digital para medições contínuas de saúde com diagnóstico remoto.

“Queremos criar um sistema onde haja uma série de testes simples que os próprios doentes fazem através do smartphone. Em paralelo, uma medição contínua de movimentos ocorre num relógio inteligente. Os dados são depois enviados para um servidor e podem ser analisados ​​por um médico”, explica Salvi.

Informação que deve fornecer uma imagem comparável às pesquisas convencionais usadas na área de saúde. 

“Permitimos que os doentes fizessem um breve teste de voz no seu smartphnone. A doença de Parkinson afeta a fala e os testes de voz revelaram muitas informações sobre quem tem a doença e em que extensão.”

Outro teste deve medir a velocidade com que a pessoa toca no ecrã do telemóvel e a presença de qualquer tremor. Haverá também o uso de relógios inteligentes para documentar a duração e a frequência dos passos do paciente e para acompanhar o seu sono.

A tecnologia e facilidade de uso do smartphone serão testadas num pequeno estudo com cerca de dez participantes. Depois disso, o trabalho irá prosseguir com 30 pacientes, que usarão a ‘app’ ao longo de três meses.

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