As disfunções na tiroide afetam até uma em cada cinco mulheres com histórico de aborto ou com subfertilidade, ou seja, diminuição da fertilidade, revela um novo estudo.
Estas disfunções são comuns nas mulheres em idade reprodutiva, mas pouco se sabe sobre o quão comum são entre as mulheres na fase anterior à gravidez.
A deteção destes problemas antes da gravidez é essencial, uma vez que podem ter efeitos negativos, como fertilidade reduzida, aborto espontâneo e parto prematuro.
“Este estudo descobriu que disfunções ligeiras na tiroide afetam até uma em cada cinco mulheres com histórico de aborto ou subfertilidade e estão a tentar engravidar”, confirma Rima Dhillon-Smith, especialistas da Universidade de Birmingham e do NHS Foundation Trust, no Reino Unido.
“É importante estabelecer se o tratamento destas disfunções pode melhorar os resultados da gravidez, dada a elevada proporção de mulheres que podem ser potencialmente afetadas.”
Uma em cada cinco com problemas na tiroide
Publicado na revista Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, o estudo foi realizado em 49 hospitais no Reino Unido ao longo de cinco anos.
Ao todo, contou com a participação de mais de 19.000 mulheres com histórico de aborto espontâneo ou subfertilidade, testadas para a função da tiroide e permitiu verificar que uma em cada cinco mulheres apresentava disfunção ligeira da tiroide, sobretudo aquelas com Índice de Massa Corporal (IMC) elevado.
As mulheres que sofreram abortos múltiplos não apresentavam uma probabilidade maior de terem problemas na tiroide em comparação com as mulheres que conceberam naturalmente com histórico de um aborto espontâneo.