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Ingestão de fibras reduz o risco de depressão

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O consumo de fibras alimentares é fundamental para uma dieta saudável, contribuindo para o controlo de peso e reduzindo o risco de algumas doenças, como a diabetes, problemas cardiovasculares e até alguns tipos de cancro. Agora, um novo estudo descobriu que a ingestão de alimentos ricos em fibra pode ajudar a reduzir o risco de depressão, especialmente em mulheres na pré-menopausa.

A depressão é uma doença que afeta mais de 264 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo mais comum entre as mulheres. Porém, além do uso de antidepressivos, vários estudos já confirmaram que as alterações ao estilo de vida dos doentes, como uma alimentação nutritiva e equilibrada e a prática de exercício físico, podem ajudar a reduzir o risco da doença.

Muitas vezes, as alterações hormonais na pré-menopausa estão associadas à depressão. Com a participação de 5.800 mulheres de várias idades, foi conduzido, na Coreia do Sul, um novo estudo que pretende investigar a relação entre o consumo de fibras alimentares e a depressão em mulheres na pré-menopausa, cujos resultados foram publicados na revista Menopause.

“Este estudo destaca uma importante ligação entre a ingestão de fibras e a depressão. Nunca foi tão verdade que ‘tu és aquilo que comes’. O que comemos tem um efeito profundo na flora intestinal, parecendo desempenhar também um papel fundamental na saúde e na doença”, explica Stephanie Faubion, diretora médica da Sociedade norte-americana de Menopausa.

Importa referir que, embora investigações anteriores já tenham sugerido os benefícios da fibra alimentar para a saúde mental, este é o primeiro estudo a categorizar esta associação a mulheres na pré-menopausa. 

A fibra, presente em frutas, vegetais, grãos e legumes, melhora a riqueza e a diversidade da flora intestinal. Desta forma, segundo os resultados do estudo, a relação entre as fibras alimentares e a depressão pode ser parcialmente explicada pelas interações intestino-cérebro. Tal acontece porque, segundo os cientistas, as mudanças na composição da microbiota intestinal podem afetar esta neurotransmissão. 

Porém, apesar dos resultados registados, Faubion deixa uma chamada de atenção: “Este é um estudo observacional. Por isso, é importante ter em consideração que as mulheres com uma saúde mental estável podem ter seguido uma dieta mais saudável e consumido mais fibra. Ou, por outro lado, uma maior ingestão de fibra alimentar, ao influenciar o microbiota intestinal, pode ter contribuído para uma melhor saúde do cérebro”.

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