Na hora de escolher as prendas de Natal, as opções são imensas. Mas e se oferecer uma prenda para a saúde? Sim, é verdade que nas cartas ao Pai Natal provavelmente não vão abundar os pedidos de gazes ou ligaduras. Mas, por vezes, um presente que ajude a melhorar a saúde de alguém pode ser o melhor de todos, mesmo que a pessoa a quem se destina não tenha disso noção. Tatiana Dalton, especialistas de medicina familiar do Penn State Health Medical Group, oferece conselhos para ideias de presentes de última hora, juntamente com dicas profissionais para garantir que está a dar as prendas mais úteis.
Algumas destas sugestões podem, por si só, não criar muitos “ooos” e “ahhhs”, mas quando se trata de paz de espírito, podem ser difíceis de bater. Como um smartwatch. Afinal, quem é que não gosta de um gadget no Natal?
Aqui, a médica sugere que a escolha recai num relógio que conte os passos e acompanhe as atividades e que também siga os ciclos de sono. “Alguns destes aparelhos são muito bons agora”, afirma. Podem mostrar ao utilizador quanto tempo dormiu, qual foi o seu ritmo cardíaco e com que frequência se movimentou para determinar a qualidade do sono, já que não dormir o suficiente está associado a uma série de doenças crónicas, como a diabetes tipo 2, a obesidade e as doenças cardíacas.
Um rastreador de fitness também deve oferecer lembretes suaves. Se o utilizador estiver a passar demasiado tempo sentado, por exemplo, uma vibração ou um alarme silencioso pode avisá-lo de que está na altura de se mexer. O utilizador também pode programar alguns aparelhos com objetivos pessoais de fitness, refere a especialista, tudo em nome de uma melhor saúde.
Pode parecer aborrecido, mas os termómetros são úteis e podem ser de alta tecnologia. Longe vão os dias do tubo cheio de mercúrio. Agora, as varinhas eletrónicas podem ler a temperatura do corpo com um simples toque na testa. Alguns podem até obter uma leitura sem entrar em contacto com a pessoa. “Todas as famílias devem ter um à mão”, refere Dalton. “Com todas as doenças respiratórias, a febre é uma medida importante a compreender.”
Embora a maioria das opções tenha os seus pontos positivos, os termómetros de ouvido timpânicos são geralmente os mais precisos, segundo a médica. Os termómetros de testa podem ser afetados por muitos fatores, como o frio no exterior, que pode fazer com que as leituras sejam mais baixas. E há que “seguir sempre as recomendações do fabricante para garantir a exatidão”.
Se conhece alguém com pressão arterial elevada, um aparelho de medição pode ajudá-lo a cumprir as ordens do médico para monitorizar a força do sangue que circula contra as paredes dos vasos sanguíneos. “É uma das ferramentas de saúde mais importantes que utilizamos”, afirma Dalton.
Alguns dos aparelhos usados para medir a pressão arterial são construídas para se adaptarem ao pulso. Não opte por estes, diz Dalton. As braçadeiras concebidas para se adaptarem à parte superior do braço fornecem as leituras mais fiáveis.
Quer ter a certeza de que está a funcionar bem? Pode levar o seu medidor de pressão arterial ao consultório do médico, onde este poderá verificar se está corretamente calibrado.
Uma ótima forma de proteger as pessoas de quem gosta é oferecer um kit que possam utilizar para tratar ferimentos. Os fabricantes montam e vendem kits completos, para que não tenha de construir o seu próprio que, se for condutor, pode guardar uma caixa com os artigos médicos necessários no seu carro para garantir que têm acesso a artigos como ligaduras e antisséticos.
“A maioria das pessoas que têm filhos deve ter um kit de primeiros socorros”, aconselha Dalton. “O básico deve ser gaze, algum tipo de pomada antibiótica ou compressa com álcool e ligaduras”, acrescenta.
Alguns kits são pequenos e concebidos para viagens ou para se adaptarem a uma variedade de objetivos. Mas certifique-se de que têm os elementos básicos.
A médica deixa ainda uma última sugestão de ofertas de saúde: máscaras cirúrgicas. É provável que a pessoa para quem está a fazer compras não dê saltos de alegria quando abrir uma caixa de máscaras cirúrgicas, mas desde os tempos da COVID-19 que as máscaras são um equipamento essencial e continuam a ser uma ótima forma de evitar a propagação de doenças respiratórias.
Neste caso, Dalton é da opinião que não se deve economizar. Se optar por este caminho, compre máscaras N95, que filtram as partículas e oferecem um ajuste apertado, reforçando a proteção da saúde.
Crédito imagem: monicore (Pexels)
