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Campanha quer ‘Fazer a Diferença na Doença Renal’ e isso passa por priorizar problema que afeta 10% dos portugueses

doença renal

Em Portugal, as contas associadas à doença renal crónica confirmam o seu peso: as estimativas apontam para que 10% da população viva com este problema de saúde, cuja carga global se situa entre 200 e 299 anos de vida vividos com incapacidade (DALYs) por 100.000 habitantes, ou seja, problemas de saúde, incapacidade ou morte precoce, um valor superior ao observado na maioria dos países da Europa Ocidental e no Canadá.

No entanto, apesar de ser a 8.ª principal causa de morte em todo o mundo, a doença não só não é muito conhecida – um estudo revela apenas um nível de conhecimento médio sobre este problema entre os portugueses -, como não é ainda uma prioridade ao nível das políticas de saúde. É trazer o tema à discussão que pretende a campanha ‘Faça a Diferença na Doença Renal’ (Make the Change for Kidney Health), uma iniciativa da Global Alliance for Kidney Health e da AstraZeneca, com o apoio nacional de sociedades médicas e uma associação de doentes.

A Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN), a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) e a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR) juntam-se para impulsionar o reconhecimento da doença renal crónica enquanto prioridade de saúde pública, reforçando que um rastreio atempado, um diagnóstico e um tratamento precoces podem transformar a vida de pelo menos 850 milhões de pessoas em todo o mundo.

“Apesar de se notar uma preocupação crescente com a doença renal, fruto dos alertas dos últimos anos, ainda há um longo caminho a percorrer na doença renal crónica. Mantemos a nossa disponibilidade para colaborar com os responsáveis pela saúde em Portugal, em prol da melhoria de cuidados ao doente e da sustentabilidade do sistema de saúde”, referem a APIR, APMGF, a SPMI e a SPN.

Dar prioridade a esta doença teria impacto em cinco dimensões distintas, com benefícios para todos:

  • na saúde do doente, melhorando a sua qualidade de vida e evitando a exigência, para muitos, da realização de diálise ou transplante renal, assim como do risco de comorbilidades e da taxa de mortalidade;
  • nos sistemas de saúde, aumentando a capacidade dos serviços, reduzindo os custos de saúde e a carga emocional dos profissionais de saúde;
  • na economia, diminuindo as faltas ao trabalho dos doentes e seus cuidadores e a redução da produtividade; do ambiente (menos uso de água, emissões de carbono, gestão de resíduos, deslocações);
  • nos cuidadores, libertando-os da carga emocional e logística que a doença impõe.

Saiba mais sobre a campanha em https://globalkidneyalliance.org/make-the-change/

 

Crédito imagem: iStock

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