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Especialistas reforçam benefícios dos adoçantes sem ou de baixas calorias

adoçantes

Há mais um estudo que salienta os benefícios dos adoçantes sem ou de baixas calorias, garantindo que podem contribuir de forma positiva para as estratégias de saúde pública que visam a redução do açúcar.

Margaret Ashwell, investigadora sobre o tema, lidera um grupo que publica na revista científica Nutrition Research Reviews um consenso sobre adoçantes sem ou de baixas calorias, com factos, lacunas da investigação e ações sugeridas.

Esta nova publicação aponta para o extenso corpo de evidências científicas robustas que mostram que os adoçantes sem ou de baixas calorias são seguros: todos eles passaram por um extenso processo de avaliação de segurança pelas autoridades de segurança alimentar em todo o mundo antes de serem aprovados para uso no mercado.

A este facto junta-se outro: não têm efeitos adversos na regulação da glicose no sangue em pessoas com e sem diabetes e induz a um menor aumento da glicose no sangue em comparação com o açúcar, tendo um papel a desempenhar nas necessidades nutricionais da diabetes quando usados como substitutos dos açúcares.

De acordo com os especialistas, podem ajudar a reduzir ingestão calórica efetiva, ao mesmo tempo que fornecem o sabor doce desejado, isto quando usados em vez do açúcar para reduzir a densidade energética de alimentos e bebidas.

E podem ainda integrar as estratégias a considerar para reduzir o consumo de açúcares, em linha com recomendações de saúde pública em todo o mundo, visando reduzir o risco e a prevalência da obesidade, uma importante preocupação de saúde pública.

Especialistas unidos em consenso

A redução na ingestão de açúcares é uma recomendação mundial, feita para responder às taxas crescentes de obesidade. Por isso, os autores deste trabalho concordam com a necessidade de uma maior comunicação baseada em evidências para garantir decisões de saúde pública mais informadas e comportamentos do público em relação aos adoçantes sem ou de baixas calorias.

“O objetivo do nosso workshop foi estimular a visão de futuro e reafirmar os princípios”, explica Margaret Ashwell.

“É consensual para o painel que um conjunto substancial de evidências sobre a segurança e o papel dos adoçantes de baixas calorias, que ajuda as pessoas a reduzir a sua ingestão de açúcar e calorias, é uma prioridade de saúde pública, que deve ser comunicada de forma consistente”, acrescenta.

Sigrid Gibson, coautor do estudo, considera que os 17 especialistas do painel reuniram-se “para discutir e debater o que realmente sabemos, o que ainda não sabemos e o que deve ser feito em relação à investigação de adoçantes de baixas calorias, à luz das políticas atuais de saúde pública”.

“O consenso destes especialistas é importante”, acrescenta, “porque fornece clareza aos comunicadores, para que eles saibam que podem transmitir uma mensagem com confiança. Portanto, esperamos que as recomendações decorrentes deste workshop ajudem os legisladores e decisores políticos e outras partes interessadas, incluindo as organizações não-governamentais, profissionais de saúde, organismos de financiamento de investigação e a indústria de alimentos e bebidas”.

O papel dos adoçantes

Desde que usados em vez do açúcar e no contexto de uma alimentação e estilo de vida saudáveis, os especialistas concordam que os adoçantes sem ou de baixas calorias têm um papel benéfico a desempenhar para ajudar a reduzir a ingestão de açúcar e calorias, ganhos de saúde que não podem ser ignorados.

Esclareceram que o benefício do uso de adoçantes dependerá da quantidade de açúcares substituídos na alimentação, bem como do regime alimentar geral, uma vez, por si só, “não é expectável que atuem como uma solução milagrosa para perda de peso”.

No entanto, e com base nas evidências científicas, os autores concluem que estes adoçantes podem ser úteis em abordagens alimentares para prevenir e controlar a diabetes e a obesidade, e podem facilitar a redução na ingestão calórica e na perda de peso.

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