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Estudo confirma: imposto sobre bebidas açucaradas eficaz a reduzir consumo

imposto sobre as bebidas açucaradas

As armas no combate à guerra contra a obesidade têm sido múltiplas e variadas. O imposto sobre as bebidas açucaradas foi reconhecido como uma delas, mas será que um aumento de 10% no valor a pagar pelos consumidores faz assim tanta diferença? Um novo estudo garante que sim.

Foi um grupo de investigadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, que decidiu pegar nos dados recolhidos de alguns locais tão diferentes como os EUA, Espanha, França ou o México, onde a taxa nestas bebidas foi aplicada e avaliar o resultado da aplicação da taxa.

Andrea Teng, investigadora principal, refere que aquilo que se fez foi examinar o impacto real dos impostos sobre as vendas de bebidas açucaradas e o seu consumo, comparando-o com o que acontecia antes da aplicação da mesma.

“Esta nova análise apresenta provas convincentes de que os impostos sobre estas bebidas resultam numa diminuição das vendas ou do consumo. Para um imposto de 10%, os volumes de bebidas açucaradas diminuíram em média 10%”, revela a especialista.

“Isso mostra que os impostos são uma ferramenta eficaz para reduzir o consumo” e não só, uma vez que trabalhos anteriores já tinham confirmado que “o elevado consumo das bebidas com açúcar aumenta o risco de obesidade, diabetes e cáries dentárias”.

Aumento do consumo de água

Alguns dos estudos analisaram as bebidas consumidas em alternativa às açucaradas, após a aplicação do imposto. Com o imposto de 10% sobre as bebidas com açúcar, assistiu-se a um aumento, em média, de 1,9% nas bebidas alternativas, com um aumento de 2,9% no caso específico da água.

Este padrão de substituição mais saudável não é conclusivo, mas em três dos quatro locais onde a substituição ocorreu, o aumento no consumo das outras bebidas não açucaradas foi estatisticamente significativo.

Amanda Jones, coautora do trabalho, considera que em todos os locais foi verificada uma redução no consumo de bebidas açucaradas, ainda que o impacto do mesmo tenha sido maior nuns do que nos outros.

As razões para tal podem ser muitas e ir desde a existência de outras políticas de prevenção da obesidade, a sensibilização do público para o imposto, respostas da indústria, preferências do consumidor, etc.

Recomendações da OMS para as bebidas açucaradas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que os governos imponham um imposto de 20% sobre as bebidas açucaradas, justificando-se com as evidências de redução no consumo e efeitos significativos na saúde.

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