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Estudo revela quanto tempo o COVID-19 permanece infeccioso em cartão, metal e plástico

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Ainda são muitas as coisas que se desconhecem sobre o COVID-19, o novo coronavírus que nos obrigou a mudar de hábitos. Mas os estudos multiplicam-se e um dos mais recentes revela quanto tempo este vírus consegue permanecer vivo nas superfícies e nos aerossóis.

Publicado na revista New England Journal of Medicine, o trabalho estudo sugere que as pessoas podem ficar infetadas com o coronavírus através do ar e ao tocarem em em objetos contaminados, tal como já se suspeitava.

Os que os cientistas acrescentam aqui é o tempo que este vírus permanece ativo em diferentes superfícies: até três horas em aerossóis, até quatro horas em cobre, até 24 horas em cartão e até dois a três dias em plástico e aço inoxidável.

Para isso, tentaram replicar o que acontece quando o vírus é depositado em superfícies quotidianas, seja em casa ou no hospital, por uma pessoa infetada. E depois contabilizaram o tempo em que permaneceu infeccioso nessas superfícies.

“Este vírus é transmissível através de contactos relativamente casuais, o que dificulta a contenção deste patógeno”, explica James Lloyd-Smith, coautor do estudo e professor de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade da Califórnia (UCLA).

“Se alguém tocar em itens que outra pessoa manipulou recentemente, eles podem estar contaminados e deve, por isso, lavar-se as mãos.”

Rastrear viajantes para o vírus

Mas já antes disso Lloyd-Smith e os colegas tinham relatado na revista eLife que rastrear viajantes para o COVID-19 não era uma decisão muito eficaz, uma vez que as pessoas infetadas com o vírus podem transmiti-lo sem saberem que o têm ou antes de os sintomas se manifestarem.

Para Lloyd-Smith, a biologia e a epidemiologia do vírus tornam a infeção extremamente difícil de detetar nas suas fases iniciais, porque a maioria dos casos não apresenta sintomas durante cinco ou mais dias após a exposição.

“Muitas pessoas ainda não desenvolveram sintomas”, refere o especialista. “E com base na nossa análise anterior dos dados da pandemia da gripe, muitas pessoas podem não optar por divulgar se souberem que o têm.”

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