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Estudo sugere que as mulheres acham mais difícil deixar de fumar do que os homens

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Um estudo realizado com mais de 35.000 fumadores descobriu que as mulheres fumam menos cigarros do que os homens, mas têm menos probabilidade de deixar de fumar.

A autora do estudo, Ingrid Allagbe, estudante de doutoramento na Universidade de Burgundy, em França, revela que, de acordo com os dados do estudo, “as mulheres que usaram serviços de cessação tabágica tiveram taxas mais altas de excesso de peso ou obesidade, depressão e ansiedade, em comparação com os homens e livraram-se do hábito com menos frequência”, pelo que se destaca “a necessidade de fornecer intervenções para parar de fumar adaptadas às necessidades das mulheres”.

Este estudo comparou as características e as taxas de abstenção de homens e mulheres que recorreram aos serviços franceses de cessação do tabagismo entre 2001 e 2018, o que envolveu fumadores com 18 ou mais anos e pelo menos um fator de risco adicional para doenças cardiovasculares.

Os participantes forneceram informações sobre a sua idade, nível de escolaridade, outras condições, incluindo diabetes e doenças respiratórias, número de cigarros fumados por dia e foram classificados tendo em conta os sintomas de ansiedade e depressão sentidos.

A média de cigarros fumados diariamente foi de 23 para as mulheres e 27 para os homens, com cerca de 56% das mulheres a sofrerem de dependência grave da nicotina, em comparação com 60% dos homens. No entanto, os números mostram que a cessação foi menos comum entre elas (52% vs 55%).

“As descobertas sugerem que, apesar de fumarem menos cigarros e serem menos dependentes da nicotina do que os homens, as mulheres têm mais dificuldade em deixar de fumar. Para isto pode contribuir uma maior prevalência de ansiedade, depressão e sobrepeso ou obesidade entre as mulheres. Foi relatado também que as mulheres podem enfrentar diferentes barreiras para deixar de fumar relacionadas com medo do ganho de peso, hormonas sexuais e humor”, refere a investigadora.

“Os resultados indicam que são necessários programas abrangentes de cessação tabágica para mulheres, capaz de oferecerem uma abordagem multidisciplinar que envolva um psicólogo, nutricionista e especialista em atividade física.”

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