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Estudo sugere que nozes podem ajudar a combater o stress académico

nozes

Ser um estudante universitário é um momento stressante na vida dos jovens. Mas um novo estudo publicado na revista Nutrients, realizada por investigadores da Universidade da Austrália do Sul, revelou que comer cerca de 50 gramas de nozes por dia durante 16 semanas melhorou os indicadores de saúde mental, teve um efeito protetor contra alguns dos impactos negativos do stress académico e ajudou a qualidade do sono a longo prazo.

“Sempre soubemos que as nozes são um alimento que promove a saúde, mas devido à conceção e duração deste estudo, os resultados pintam realmente um quadro de como um alimento simples como as nozes pode ajudar a combater o stress”, explica Mauritz F. Herselman, estudante de doutoramento que trabalhou neste estudo.

Neste ensaio clínico, o grupo participante, que comeu nozes, teve ainda um aumento dos marcadores metabólicos associados à proteção contra o stress.

Além disso, no sexo feminino, o consumo de nozes pode ter contrariado os efeitos negativos do stress académico sobre a diversidade das bactérias intestinais.

“Os estudantes universitários são uma população única de pessoas que transitam para a idade adulta enquanto tentam obter os seus diplomas universitários, o que pode ser desafiante e stressante. A pressão para completar os estudos e encontrar empregos atraentes é elevada e pode ter impacto na saúde mental e física dos estudantes e no seu bem-estar geral”, afirma Larisa Bobrovskaya, professora de Ciências Clínicas e da Saúde na Universidade da Austrália do Sul e investigadora líder do estudo.

“Assim, a gestão do stress académico é importante e várias estratégias podem ser adotadas pelos estudantes para que consigam ultrapassar a sua jornada universitária. A intervenção dietética é uma dessas estratégias que pode impulsionar a saúde cerebral dos estudantes, mas é frequentemente negligenciada pelos estudantes”, acrescenta.

“Embora seja necessária mais investigação de apoio, estão a tornar-se claras as evidências de que o consumo de nozes como padrão alimentar saudável pode ter efeitos positivos na cognição e na saúde mental, sobretudo devido à sua abundância em conteúdo ALA ómega 3”, explica Bobrovskaya.

“Além disso, a investigação demonstrou que o aumento do triptofano alimentar, que o cérebro utiliza para fazer serotonina (um estabilizador natural do humor), resulta em sintomas reduzidos de ansiedade e depressão. Assim, a presença de triptofano nas nozes pode também ter contribuído para estas descobertas”, observa.

É necessário, no entanto, mais trabalho para melhorar a compreensão dos complexos caminhos através dos quais os padrões alimentares que incluem nozes podem influenciar o cérebro ou afetar a saúde mental. Mas adicionar nozes aos padrões alimentares diários poderia ser uma pequena, versátil, simples e acessível mudança alimentar para promover a saúde.

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