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Exposição prolongada à poluição do ar associada à formação de coágulos sanguíneos

coágulos sanguíneos

Cada vez mais vivemos rodeados por muita poluição no ar, que a ciência já confirmou causa e agrava doenças cardiovasculares e respiratórias. Agora, um estudo recente, realizado pelo National Institutes of Health, demonstrou que também está associada a maiores riscos de formação de coágulos sanguíneos nas veias que bombeiam o coração. E, se não forem tratados, podem bloquear o fluxo sanguíneo e causar complicações graves e até mesmo a morte. 

O estudo recolheu dados de 2000 a 2018 de 6.651 indivíduos dos Estados Unidos da América. Após 18 meses, verificou-se que 3,7% das pessoas desenvolveram coágulos sanguíneos em veias profundas, conhecido como tromboembolismo venoso, que exigiram cuidados hospitalares, associada também a um risco aumentado de 39% com base na exposição a longo prazo a três tipos de poluentes de ar.  

Os investigadores determinaram o elevado impacto da exposição a pequenas partículas de poluição do ar iguais ou inferiores a 2,5 micrómetros, que pode ser inalado em fumo de incêndios florestais, de veículos motorizados e de centrais de energia a carvão.

Os participantes com maior exposição a este tipo de poluição do ar tiveram mais 39% de probabilidade de desenvolver tromboembolismo venoso em comparação com pessoas pouco expostas a este poluente. 

Já os indivíduos com maior exposição a óxidos de nitrogénio e dióxido de nitrogénio, poluentes associados a veículos, tiveram um risco aumentado de 121% e 174%, respetivamente.

Tromboembolismo venoso: o que é?

A formação de coágulos sanguíneos em veias profundas é designada de tromboembolismo venoso, que está dividido em duas doenças: trombose venosa profunda, quando ocorre um coágulo sanguíneo numa veia profunda nas pernas, braços ou órgão interno; e embolia pulmonar, quando um coágulo sanguíneo se desprende de uma veia profunda e se desloca para os pulmões.

 

Crédito imagem: Pexels

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