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Fast food associada a problemas de sono na adolescência

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É sabido que comer fast food em demasia traz inúmeros malefícios para a saúde, como a obesidade, diabetes ou doenças coronárias. E agora, a Universidade de Queensland, na Austrália, descobriu que o excesso de fast food está também associado a distúrbios do sono na adolescência.

Ao examinar os hábitos alimentares e os problemas de sono relacionados com o stress em adolescentes (entre os 12 e os 15 anos) por todo o mundo, Asad Khan, professor Associado e investigador da School of Health and Rehabilitation Sciences da Universidade de Queensland, fez descobertas particularmente preocupantes. 

“A perturbação do sono aumenta com o consumo regular de refrigerantes carbonatados, que geralmente contêm cafeína, e/ou fast food, que são tradicionalmente densos em energia e pobres em nutrientes”, revela. Assim, os impactos desta alimentação no bem-estar e no desenvolvimento cognitivo dos adolescentes tornam-se evidentes.

Ao incluir dados de 64 países, provenientes do Sudeste Asiático, África, regiões da América do Sul e do Mediterrâneo Oriental, com diferentes níveis de desenvolvimento, a investigação, publicada na revista EClinicalMedicine, evidencia que, relativamente à relação entre o consumo regular de fast food e os problemas de sono, as raparigas são aquelas que registam uma maior associação. 

Já no que respeita ao consumo de refrigerantes, Khan sublinha que “os adolescentes que bebem mais de três refrigerantes por dia têm mais 55% de probabilidades de relatar distúrbios do sono comparativamente aos que bebem apenas um refrigerante por dia”.

Mas as conclusões do estudo não ficam por aqui. Também as regiões do globo e o seu nível de desenvolvimento têm um grande impacto na ingestão de fast food. E, por isso, estes hábitos alimentares, associados a problemas de sono, são significativamente superiores nos países mais desenvolvidos.

Tendo em consideração a dimensão do problema, Khan defende que a criação de ambientes escolares para limitar o acesso a estes produtos e a introdução de um imposto sobre o açúcar para diminuir as vendas de refrigerantes pode ser benéfico.

Mas, além disso, alerta também que a família deve ser um pilar fundamental na promoção de uma alimentação saudável, visto que “a adoção e manutenção dos comportamentos alimentares das crianças são influenciados pelo ambiente familiar”.

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